Título: CEF PAGA SEMANA QUE VEM CORREÇÃO DO FGTS A 400 MIL TRABALHADORES
Autor: Geralda Doca
Fonte: O Globo, 04/01/2006, Economia, p. 20

Depósito de parcelas injetará R$700 milhões na economia neste início de ano

BRASÍLIA. A Caixa Econômica Federal inicia na próxima quarta-feira, dia 11, mais uma rodada de pagamentos da correção das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) referente aos Planos Verão e Collor I. Dessa vez serão creditadas a sexta parcela para quem tem direito a receber entre R$5 mil e R$8 mil e a quinta parcela para os trabalhadores que estão na faixa acima dos R$8 mil. Segundo estimativas da instituição, 400 mil trabalhadores beneficiados poderão sacar o dinheiro imediatamente, o que vai injetar na economia neste início de ano R$700 milhões.

Ao todo, serão corrigidas nessa fase cerca de 650 mil contas, no valor total de R$827,7 milhões. De acordo com as regras do FGTS, somente poderá retirar os recursos quem foi demitido sem justa causa, se aposentou, tiver dependente portador de doença grave ou for beneficiário de trabalhador já falecido. Quem permaneceu no mesmo emprego, por exemplo, terá o dinheiro creditado na conta do FGTS, podendo retirá-lo apenas sob as condições legais, como a compra da casa própria, a aposentadoria ou demissão.

Também só terá direito aos recursos quem assinou o Termo de Adesão proposto pelo governo, cujo prazo final terminou em dezembro de 2003. Será observada a forma de pagamento indicada no documento: crédito em conta corrente ou saque. Quem tem a receber até R$600 poderá retirar o dinheiro nos correspondentes bancários da Caixa (lotéricas, supermercados ou farmácias). Para valores acima de R$600, é preciso procurar uma agência da Caixa.

Esqueleto custou ao Fundo R$32,1 bilhões até agora

O cronograma de pagamento dos expurgos inflacionários começou há três anos e meio e termina em janeiro de 2007. Ainda faltam duas parcelas semestrais, uma em julho deste ano e a última em janeiro do próximo ano, no valor total de R$2 bilhões. Estão sendo contemplados nas três últimas etapas os trabalhadores com direito a quantias mais elevadas. Até agora, o esqueleto custou ao FGTS R$32,1 bilhões para corrigir 87,5 milhões de contas vinculados ao Fundo.