Título: REAJUSTE DE SERVIDORES FAZ CÂMARA REDUZIR SEU CRONOGRAMA DE OBRAS
Autor: Isabel Braga
Fonte: O Globo, 16/01/2006, O País, p. 4

Construção da nova redação da TV Câmara vai custar R$2 milhões

BRASÍLIA. Obrigada a cortar R$170 milhões do orçamento para cobrir o rombo provocado pelo aumento de 15% concedido aos servidores, a Câmara dos Deputados abandonou uma prática comum em outros recessos parlamentares: aproveitar a temporada de férias dos deputados para fazer obras nos apartamentos funcionais.

O trato feito pela Câmara com o governo federal, depois que o Congresso derrubou o veto do presidente Lula ao aumento de 15%, foi de que o governo liberaria verba suplementar de R$150 milhões desde que a Casa se comprometesse a entrar com os R$170 milhões restantes. O custo anual do aumento, já que foi retroativo a janeiro de 2005, foi de R$320 milhões. Por isso foi suspenso o projeto de reforma dos blocos de apartamentos de deputados.

Mas ainda há três obras em andamento na Câmara. A mais barulhenta delas é a da construção da nova redação da TV Câmara. Há transtornos também na entrada inferior da Casa, para a instalação de um moderno sistema de ar-condicionado da redação da TV.

A modernização nas instalações da TV Câmara e toda a mídia da Casa se arrasta desde 2003. O estúdio e o auditório foram finalizados. Agora, está sendo feita a nova redação, que terá equipamentos e mobiliário de última geração. O custo desta etapa chega a R$2 milhões.

Outra obra em andamento é a reforma dos três andares onde estão instalados a biblioteca e o centro de documentação da Câmara. O orçamento é de R$8,5 milhões, mas até agora foram gastos apenas 10%.

A terceira obra da Câmara é a reforma de um local que abrigará um refeitório de comida a quilo, no subsolo do anexo III. Além da reforma das instalações estão previstas a compra de uma câmara frigorífica e a instalação de ar-condicionado. O custo estimado é de R$1 milhão.