Título: Coronel: Lei da Anistia implica esquecimento
Autor:
Fonte: O Globo, 19/11/2004, O País, p. 11

Embora tenha franqueado as unidades do Exército para visitas da comissão, o coronel João Fagundes deixou claro que não vê com bons olhos a abertura geral dos arquivos militares. Segundo ele, a Lei da Anistia implica em esquecimento. O coronel entende também que remexer o passado poderá ser desagradável também para setores da esquerda e não apenas para alguns militares.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Mário Heringer (PDT-MG), gostou de saber que as unidades do Exército estão franqueadas à Comissão de Desaparecidos.

Posição do Exército é um avanço, diz Heringer

Embora tenha dúvidas sobre a utilidade de eventuais documentos que estejam guardados, Heringer entende que posição do comando do Exército é um avanço, principalmente agora em meio à discussão sobre a abertura dos arquivos da ditadura.

¿ Vou conversar com o Augustino amanhã (hoje). Mas, desde já, isso é um excelente sinal ¿ disse Heringer.

O deputado recebeu um relatório do Instituto Médico-Legal de Brasília sobre oito ossadas retiradas do cemitério de Xambioá, área da guerrilha do Araguaia, em 2001. Os peritos fizeram análises sobre a idade das ossadas, mas o laudo não diz se eram ou não de guerrilheiros.

¿ Esse laudo foi frustrante. Vamos pedir outro ¿ disse o deputado.