Título: MP denuncia Duda Mendonça e Jorge Babu
Autor: Antônio Werneck
Fonte: O Globo, 17/12/2004, Rio, p. 13
O Ministério Público Estadual ofereceu denúncia contra o publicitário Duda Mendonça, o vereador Jorge Babu e mais quatro pessoas pela prática de quatro crimes, incluindo o de formação de quadrilha e maus tratos a animais. A denúncia foi entregue na última quarta-feira à Justiça. Os seis foram presos por policiais federais da Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico no dia 21 de outubro de 2004, no Clube Privê Cinco Estrelas, onde funcionava uma rinha de galos de briga.
De acordo com a denúncia, encaminhada ao Juiz da 26 Vara Criminal, José Daniel Tosi, Jorge (Babu) Luiz Hauat, Eduardo José de Arruda Buregio, José Eduardo (Duda) Cavalcanti de Mendonça, Alberto Juramar Lemos Andrade e Ademir Alamino Lacalle, na qualidade de administradores e sócios do Clube Privê Cinco Estrelas, ¿organizaram-se em quadrilha, com a participação de outras pessoas ainda não identificadas, com o objetivo de praticar reiteradamente o crime de maus-tratos e mutilação contra galos¿.
O juiz tem agora cinco dias para dizer se aceita a denúncia do Ministério Público Estadual. Localizado pelo GLOBO, o vereador Jorge Babu não quis comentar a decisão.
¿ Vou aguardar a decisão do juiz para então comentá-la ¿ disse o vereador.
Investigações da Polícia Federal constataram que o Clube Privê Cinco Estrelas atuava nos últimos 17 anos como um dos principais centros de rinha de galos do país, com estrutura jurídica e financeira construída e registrada para a prática rotineira do crime de maus-tratos contra animais.
Na denúncia, o MP alegou que os seis sócios praticaram quatro crimes: artigo 32 da Lei n° 9.605/98 ( maus tratos contra animais ); artigo 71 do Código Penal (crime continuado); e artigos 287 (apologia de crime) e 288 (formação de quadrilha).
Uma denúncia levou policiais do 15 BPM ( Caxias) a estourar uma rinha de galos no Centro Esportivo de Imbariê, em Duque de Caxias. No clube havia 57 pessoas, mas somente sete foram presas e autuadas na 62 DP (Imbariê) por crime contra a fauna.
Os policiais chegaram à rinha com a informação de que traficantes estariam entre os apostadores, mas a denúncia não se comprovou. O dono da rinha, Daniel Luis de Oliveira, e o advogado Victor Neves Lobo, presidente da Federação Esportiva e de Preservação de Galos Combatentes do Estado do Rio, estavam entre os detidos.