Título: MONTADORAS: RECORDES DE PRODUÇÃO E EXPORTAÇÃO
Autor: Ronaldo D"Ercole
Fonte: O Globo, 08/01/2005, ECONOMIA, p. 29

Indústria fabricou 2,21 milhões de veículos em 2004, 20,7% a mais que em 2003. Vendas externas subiram 51%

SÃO PAULO. Embalada pelo forte crescimento das exportações e por vendas no mercado interno acima do esperado, a indústria automobilística brasileira encerrou 2004 quebrando recordes históricos. Balanço divulgado ontem pela Anfavea, a associação que reúne as montadoras, informa que no ano passado foram produzidos no país 2,21 milhões de veículos, 20,7% mais do que em 2003 e novo recorde do setor. Caiu, assim, o recorde de 1997, ano em que a indústria produzira 2,06 milhões de carros.

Já as exportações atingiram US$8,35 bilhões no ano passado, um salto de 51,8% sobre 2003, quando as vendas externas renderam US$5,5 bilhões às montadoras. Além de estabelecer novo recorde, o resultado superou as previsões mais recentes da entidade, que em novembro estimava em US$8 bilhões as receitas totais com exportações no ano.

Outro resultado que excedeu as expectativas dos fabricantes foi o das vendas de veículos no mercado interno, que alcançaram a marca de 1,58 milhão de unidades, 10,5% a mais do que em 2003 e acima também das estimativas da Anfavea, de 1,54 milhão.

"Esse resultado, acima das expectativas, foi impulsionado pelas promoções de fim de ano, redução de estoques e pelo bom momento da economia", observou a Anfavea em nota divulgada ontem.

Setor abriu 11 mil postos de trabalho em 2004

Em dezembro, foram produzidos 185.200 veículos, dos quais 178 mil foram vendidos no mercado interno, resultado 9% superior ao de 2003.

Outra boa notícia no setor foi o aumento de 11 mil postos de trabalho nas fábricas. As montadoras encerraram 2004 com 102 mil empregados, número 12% superior aos 91 mil trabalhadores do final de 2003.

A produção de máquinas agrícolas no ano passado cresceu 13,8%, passando de 58.800 unidades em 2003 para 66.900. E foram as exportações que garantiram tal expansão, já que as vendas desses equipamentos no mercado interno apresentaram recuo de 0,6% na comparação com o ano anterior.