Título: INBEV TEVE ALTA DE 3,3% NAS VENDAS EM 2004
Autor:
Fonte: O Globo, 15/01/2005, Economia, p. 25

O grupo cervejeiro belgo-brasileiro InBev registrou um modesto aumento de 3,3% em suas vendas ano passado, tendo ficado estáveis no quarto trimestre. Porém, incluindo-se o volume de cerveja vendido pela brasileira AmBev, comprada em agosto, o crescimento foi de 60%.

O resultado contrariou as previsões de analistas, de 4,3%, e frustrou as metas da companhia, que eram de aumento de 4% a 5%.

O carro-chefe das vendas foram as duas principais marcas da InBev: Stella Artois e Beck¿s. O volume de vendas das duas juntas teve um aumento de 5%.

Na Europa Ocidental, as vendas caíram 2,3%. Na América do Norte, houve uma expansão de 3%.

A AmBev divulgou aumento de 13,8% no volume total de vendas de cerveja, incluindo Américas Latina e do Norte, e de 19,8% no segmento de refrigerantes.

¿ Eles devem estar muito satisfeitos por ter aquela companhia (AmBev) ¿ disse Bart Jooris, analista da consultoria Foris.

A InBev (antiga Interbrew), que se tornou a maior cervejaria em volume após a compra da AmBev, manteve a previsão de lucros para este ano. Mesmo assim, suas ações caíram mais de 2% após a divulgação dos dados.

¿ Os números foram decepcionantes ¿ disse Philippe Rochez, analista do banco belga KBC, à agência Dow Jones. ¿ É na AmBev que o crescimento foi espetacular. Isso prova o valor da fusão Interbrew-AmBev, porque trouxe uma região de crescimento forte à empresa.

No resultado financeiro, InBev espera lucro de 4%

Em volume, as vendas da InBev subiram para 156,8 milhões de hectolitros em 2004, frente a 97,9 milhões em 2003. Os números superam as expectativas de seis analistas consultados pela Reuters, de 149,75 milhões de hectolitros, em média.

A InBev é a primeira grande cervejaria a divulgar números de 2004. A rival SABMiller publicará dados de vendas no próximo dia 19. A InBev divulga seu resultado consolidado no dia 2 de março. A empresa disse que seu resultado financeiro deve seguir o obtido nos primeiros nove meses de 2004, quando os lucros cresceram 4,4%.