Título: DEBILIDADE DO SETOR AJUDOU EMPRESA
Autor:
Fonte: O Globo, 15/02/2005, Economia, p. 25

Com o maior vigor da economia, a receita mensal da TAM pulou de cerca de R$291 milhões, em 2003, para R$377 milhões no ano passado. O pico veio no último trimestre, período em que a empresa faturou uma média de R$448 milhões mensais. Com uma fatia de 35,8% do mercado doméstico (contra 33% em 2003) e 14,5% das rotas internacionais (antes eram 12%), a TAM se aproveitou também da fragilidade das concorrentes, principalmente da Vasp, cuja participação de mercado desabou de 12% para 0,75%. Como consequência, mesmo cobrando muitas vezes tarifas mais altas, acabou ganhando novos clientes.

Otimista, o vice-presidente de Finanças e Gestão da TAM, Líbano Miranda Barroso, projeta um crescimento entre 7,5% e 10% do mercado este ano e diz que a TAM vai avançar mais do que isso. O que a companhia tem procurado fazer nos últimos meses é aumentar a freqüência dos vôos e também o número de horas em operação dos aviões. Essa relação, que era de seis horas/avião em 2003, foi de nove horas no ano passado e chegou a dez em janeiro.

Para uma receita total que avançou 25,9% em 2004, os custos operacionais aumentaram 16,6%. Mas se for excluído o peso do combustível nessa conta, o índice cai para 11,4%. No seu plano de vôo para este ano, a TAM previu que o barril de petróleo ficará em US$45 em dezembro e a cotação do dólar não vai passar de R$3,05. Na dúvida, a empresa fez hedge (proteção) no montante de R$661 milhões para se livrar do risco de oscilação inesperada da moeda americana.