Título: RENOVAÇÃO DE ACORDO DIVIDE ECONOMISTAS
Autor:
Fonte: O Globo, 15/02/2005, Especial, p. 3

O ex-presidente do Banco Central e diretor do Centro de Economia Mundial da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Carlos Langoni defende que o Brasil eleve o superávit fiscal para 5% e não renove o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que vence em março. Segundo ele, o país precisará de três a cinco anos de superávits no balanço de pagamentos para acumular reservas e, nessa transição, deve manter boa relação com o FMI para assegurar acesso aos recursos da instituição.

¿ Nosso nível de reservas líquidas internacionais ainda é muito pequeno, em torno de US$25 bilhões ¿ diz Langoni, que participou do seminário. Ele brincou que ¿quem vai sentir saudades é o FMI, porque o Brasil é um dos poucos exemplos de sucesso¿ do Fundo.

O presidente da Associação Comercial do Rio e ex-ministro da Economia Marcílio Marques Moreira pensa diferente. Ele acredita que o Brasil não precisa do FMI no momento, mas um acordo preventivo funcionaria como uma ¿apólice de seguro¿, já que há riscos externos, como preço do petróleo e desequilíbrios globais, sobretudo nos EUA.