Título: DEFESA DO MORADOR
Autor:
Fonte: O Globo, 20/02/2005, Morar Bem, p. 1 e 2

Cobrança indevida é a principal queixa contra concessionárias de serviços públicos

Menezes: a conta de água pulou da média de R$50 para R$327

e não tem gás em casa desde o carnaval: comida congelada, banho frio e uma conta que subiu para R$180 após a conversão

Luz, água, gás e até telefone: não dá para pensar na casa sem esses serviços. O problema é que, várias vezes, eles deixam muito a desejar, como mostra o levantamento de cartas enviadas para a coluna ¿Defesa do Consumidor¿, aqui do GLOBO. No cômputo desses quatro setores, a maioria das cartas refere-se a cobrança indevida, com 21,08% do total; pedido de esclarecimento (15,38%); e serviços mal prestados (14,63%).

O fato é que, constantemente, repetem-se casos como os do engenheiro Marco Aurélio Teixeira, que está sem gás desde o carnaval. De Fernando de Menezes, cuja conta de água passou de uma média de R$50, ao longo de 2004, para R$327, em dezembro. Ou de Lúcia Ferreira Leite, que ficou 12 horas sem energia, em pleno verão. O que fazer quando isso acontece? Quem responde são entidades que atuam em defesa do consumidor.

É importante guardar contas e registros das reclamações

A primeira recomendação é não esperar que as queixas se acumulem: a qualquer sinal de problema, contate a empresa.

¿ O primeiro passo deve ser procurar o serviço de atendimento ao consumidor da empresa em questão. E é preciso ter jogo de cintura para negociar. Saber reclamar também é arte ¿ diz Carlos Alberto Lopes, subsecretário de Defesa do Consumidor do Procon do Rio.

E para reivindicar seus direitos é importante guardar contas e registros de todas as reclamações, ressalta Marcela Oliboni, do Núcleo de Defesa do Consumidor da Defensoria Pública do município do Rio:

¿ Ter em mãos contas dos três meses anteriores ao problema ajuda muito.