Título: NOVA OFENSIVA PARA RECUPERAR A ZONA PORTUÁRIA
Autor: Cristina Alves
Fonte: O Globo, 26/01/2006, Economia, p. 26

Convênio a ser assinado no dia 31 cria um grupo executivo e vai reunir os projetos econômicos para a área

O governo federal vai fazer uma nova aposta na revitalização da zona portuária do Rio. No próximo dia 31, será assinado um convênio que prevê a criação de um grupo executivo com representantes dos ministérios do Planejamento, das Cidades, da Cultura e dos Transportes. O objetivo é decidir como será feita a exploração econômica e financeira da região. Há anos os projetos se multiplicam nas diversas esferas do poder. A primeira reunião de trabalho será já em 3 de fevereiro.

O grupo contará ainda com representantes da Secretaria de Patrimônio da União (dona de imóveis na área), da prefeitura do Rio, do BNDES, da Companhia Docas do Rio, da Caixa Econômica Federal e de diretores de diversos órgãos públicos federais com escritórios na zona portuária: INSS, Polícia Federal, INPI, Conab, Incra, CBTU e Rede Ferroviária Federal. A solenidade poderá contar com a presença do presidente Lula.

¿ A idéia é fazer um convênio guarda-chuva, para todo mundo sentar e decidir conjuntamente o que fazer em reuniões quinzenais ¿ diz o ministro das Cidades, Márcio Fortes de Almeida. ¿ Para a revitalização da área é preciso que se mantenha uma programação constante de fim de semana na região.

Paralelamente, a prefeitura do Rio e o Ministério da Cultura estão promovendo um concurso internacional para escolher um projeto para a utilização do píer.

A recuperação da área inclui a construção de moradias, o que já vem atraindo o interesse de construtoras e pode contar com financiamento público, diz o ministro.

Segundo um dos envolvidos no projeto, o acesso rodoviário ao porto, a construção de uma casa de força e a remoção de favelas na área poderão custar até R$200 milhões. A reforma nos prédios públicos (da Polícia Federal e do INPI, por exemplo) pode custar mais R$70 milhões. Mas parcerias com a iniciativa privada e a troca de ativos entre os interessados podem baixar os custos.