Título: REAL FORTE DEIXA RIO E SÃO PAULO MAIS CARAS
Autor: Fernando Duarte
Fonte: O Globo, 31/01/2006, Economia, p. 21

Cidades saltam 22 posições no ranking de 130 metrópoles globais. No topo, Oslo passa Tóquio

LONDRES. A vida de cariocas e paulistas está mais cara. De acordo com o mais recente ranking de custo de vida da Economist Intelligence Unit (EIU), o think tank da revista ¿The Economist¿, Rio e São Paulo deram um salto de 22 posições na classificação e aparecem em 87º lugar entre as mais de 130 cidades estudadas. A lista, que leva em conta o custo de uma espécie de cesta básica de produtos e serviços, teve como principal novidade a saída de Tóquio do posto de cidade mais cara do mundo, que ocupava há 14 anos. O lugar agora é da capital da Noruega, Oslo.

O salto das cidades brasileiras foi o maior entre as localidades analisadas pela EIU e, numa comparação direta com outras cidades da América Latina, a vida só é mais cara para os moradores de Cidade do México (57ª colocada), Santiago e Bogotá (empatadas em 84º lugar). Pelos cálculos do think tank, Teerã é a cidade mais barata do mundo. A capital iraniana é o único caso de inversão: em 1991, devido a uma supervalorização da moeda do país, a cidade ocupou o topo do ranking.

O aumento dos preços e a valorização de até 25% do real nos últimos 12 meses foram apontados como as principais causas para o encarecimento do custo de vida para cariocas e paulistanos, que, na lista anterior, divulgada em março de 2005, ficaram em 109º lugar. Entre as cidades latino-americanas, apenas quatro registraram queda, sendo que duas (Quito e Cidade do Panamá) devido à economia dolarizada dos respectivos países.

As cidades americanas também sofreram com a desvalorização do dólar: apenas seis das 16 estudadas apareceram entre as 50 primeiras da lista, capitaneadas por Nova York, na 27ª posição.