Título: MENTOR DEPÕE SOBRE CPI DO BANESTADO
Autor: José Meirelles Passos
Fonte: O Globo, 03/02/2006, O País, p. 5

BRASÍLIA. Num dos mais longos depoimentos do Conselho de Ética (começou no dia 17 e foi concluído apenas ontem), o deputado José Mentor (PT-SP) repetiu que os R$120 mil recebidos do sócio de Marcos Valério, Rogério Tolentino, e da empresa 2S Participações, foram para pagar serviços prestados de consultoria. O acusado e a deputada Ãngela Guadagnin (PT-SP) reclamaram da insistência do relator, deputado Edmar Moreira (PFL-MG), em fazer perguntas sobre a atuação de Mentor como relator da CPI do Banestado.

Moreira, entretanto, disse que seu relatório vai enfocar apenas os recursos repassados pelo valerioduto. O processo termina dia 9 e o parecer pela cassação deve ser lido dia 14 no Conselho.

Mentor voltou a negar ter discutido com Marcos Valério qualquer assunto sobre a CPI do Banestado. Mas admitiu que a pedido do deputado João Magno (PT-MG), outro envolvido no valerioduto, recebeu executivos do Banco Rural em Belo Horizonte, quando atuava naquela CPI .

Mentor admitiu que contratou a empresa de Tolentino para a sua empresa de advocacia na sede do diretório nacional do PT em São Paulo, em 2003. Para o deputado Orlando Fantazzini (PSOL-SP), o petista aproveitou sua posição como parlamentar para conseguir este contrato.

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