Título: MANTIDA PENA DE MORTE PARA ARCHER
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Fonte: O Globo, 10/02/2006, RIO, p. 12

Indonésia rejeita pedido de clemência para brasileiro condenado por tráfico

JACARTA. O brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira perdeu hoje seu último recurso para não ser executado por um pelotão de fuzilamento na Indonésia pelo crime de narcotráfico no país. O presidente Susilo Bambang Yudhoyono negou clemência pedida a Archer pelo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. - O presidente rechaçou a medida e agora o advogado-geral tem a incumbência de ordenar a execução - informou o ministro indonésio de Justiça, Yusril Ihza Mahendra, segundo a agência EFE. Na carta ao presidente indonésio, enviada em março de 2005, Lula explicou que no Brasil não existe pena de morte e que sua aplicação causaria comoção popular no país. As apelações à Justiça daquele país foram rechaçadas primeiro pelo Tribunal Superior e depois pela Corte Suprema, esta última em janeiro do ano passado. Archer foi condenado à morte em junho de 2004 ao ser declarado culpado de tentar entrar na Indonésia com 13,4 quilos de cocaína escondida em sacos num equipamento de vôo. Em depoimento à justiça indonésia, Moreira disse que agiu sozinho. Sua mãe, Carolina Archer Pinto, de 65 anos, disse na época que o filho não era traficante e que ele precisava do dinheiro para pagar a dívida de uma cirurgia realizada em Cingapura após um acidente, em 1997. Outro brasileiro condenado por tráfico no país A cocaína foi encontrada no aeroporto internacional de Jacarta. O brasileiro conseguiu escapar das autoridades de imigração e ficou foragido por duas semanas, até ser encontrado pela polícia na Ilha de Moyo, no leste da Indonésia.

Outro brasileiro foi condenado à morte por tráfico de drogas no país.

O surfista Rodrigo Gularte, de 32 anos, foi preso em julho de 2004 no aeroporto em Jacarta com seis quilos de cocaína escondidos dentro de pranchas de surfe. Legenda da foto: EX-INSTRUTOR de vôo livre, Marco Archer foi condenado em 2004