Título: COORDENADOR QUER MAIS CAMPANHAS
Autor: Daniel Engelbrecht
Fonte: O Globo, 26/03/2006, Rio, p. 20

Para Joaquim Ribeiro, redução dos transplantes foi geral em todo o país

O coordenador do Rio Transplante, Joaquim Ribeiro Filho, discorda que os resultados do Rio em matéria de transplantes, se comparados com o de outros estados, sejam modestos. Segundo ele, em número de transplantes de rim e fígado, o estado vem se mantendo em posição equivalente à que ocupa em número de doadores. O problema maior seria com as córneas. Quanto à queda no número geral de transplantes e de doadores em 2005 em relação a 2004, o coordenador afirma que a tendência foi geral em todo o país.

¿ Fomos em 2004 o segundo estado em número de captação de órgãos e tecidos. Em número bruto de transplantes de rim e fígado, fomos o terceiro e o segundo, respectivamente. Se esses resultados são modestos, o Brasil é modesto ¿ diz Ribeiro.

Secretaria: comissões intra-hospitalares funcionam bem

Ele afirma que o baixo número de transplantes de córnea, devido a problemas com o único banco de olhos do estado, faz com que as estatísticas do Rio sejam prejudicadas.

¿ Seria preciso que os gestores municipais, estadual e federal implantassem mais dois ou três bancos de olhos para melhorar esse quadro ¿ defende.

Ribeiro prega ainda a realização de campanhas continuadas estimulando a doação de órgãos:

¿ Em 2005 houve queda geral no número de transplantes no Brasil, o que também se verificou no Rio ¿ avalia.

A Secretaria municipal de Saúde do Rio, por sua vez, diz estranhar as declarações do vereador Carlos Eduardo e do coordenador do Rio Transplante de que as comissões intra-hospitalares dos hospitais municipais funcionam precariamente. De acordo com a secretaria, os hospitais Miguel Couto e Souza Aguiar, os dois que captam mais órgãos no estado, receberam do Rio Transplante no ano passado certificados de bom desempenho. As direções das duas unidades destacaram que cumprem todas as normas estabelecidas pelo Rio Transplante.