Título: EXÉRCITO DEVE INDICIAR OITO POR ROUBO DE ARMAS
Autor: Antônio Werneck
Fonte: O Globo, 29/03/2006, Rio, p. 20

IPM será levado à Justiça prevendo punições para militares de quartel por negligência

O sargento Humberto Freire, o ex-cabo Joelson Basílio da Silva, o ex-soldado Carlos Leandro de Souza e mais cinco civis, supostamente envolvidos com traficantes de drogas, deverão ser indiciados no inquérito policial-militar (IPM) que o Exército vai entregar à Justiça Militar depois de amanhã, quando termina o prazo para a conclusão da primeira fase da investigação sobre o ataque ao Estabelecimento Central de Transporte (ECT) em 3 de março. Também devem ser punidos administrativamente no mesmo IPM outros cinco militares lotados no quartel, por negligência e omissão na vigilância da unidade e na guarda das armas.

Segundo fontes militares, o responsável pelo inquérito vai assegurar em seu relatório final que os oito suspeitos (o sargento, o ex-cabo, o ex-soldado e cinco civis) participaram ou facilitaram o roubo de 11 armas do quartel em São Cristóvão. Contra os cinco militares que estavam no ECT na noite da invasão, a conclusão é que eles não cumpriram as diretrizes básicas baixadas pelo Exército na guarda de material bélico.

Amanhã o procurador Marcelo Melo Barreto de Araújo e os promotores Ailton José da Silva e Antônio Carlos Gomes Facuri, do Ministério Público Militar, pretendem realizar uma vistoria no ECT para obter detalhes como a distância entre as guaritas e o local onde as armas estavam sendo guardadas.