Título: EMPRESÁRIOS: MODESTA, MAS É BOM SINAL
Autor: Patricia Duarte e Henrique Gomes Batista
Fonte: O Globo, 01/04/2006, Economia, p. 35

SÃO PAULO. Os empresários aprovaram a nova TJLP, de 8,15%, mesmo após passar a semana cobrando corte muito maior do que o anunciado pelo CMN. Para a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), houve coerência do ministro Guido Mantega (Fazenda), que, no BNDES, defendia reduções da taxa.

¿ Embora modesta, a diminuição mostra coerência do ministro, mesmo num momento em que se exige cautela evitando choques que possam abalar a economia do país ¿ disse em nota o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

Para a Fiesp, havia espaço para a taxa cair de 9% para 7%. Skaf espera que a nova TJLP seja só um ponto de partida:

¿ O Brasil tem pressa de crescer.

O diretor do Centro das Indústrias de São Paulo, Boris Tabacof, disse que o CMN, ainda longe do ideal, mostrou-se sensível com o custo das empresas:

¿ O país precisa viver um longo choque de investimentos, como China e Índia, recuperando taxas de crescimento semelhantes às dos anos 70.

Para Paulo Godoy, presidente da Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústrias de Base (Abdib), que esperava corte de até 1,5 ponto, a TJLP está próxima de uma taxa de longo prazo mais realista. (Aguinaldo Novo)