Título: OEA: CHANCE DE SUPERVISÃO É REMOTA
Autor: Tais Mendes e Mirelle de França
Fonte: O Globo, 03/05/2006, O País, p. 4
A missão permanente do Brasil junto à Organização dos Estados Americanos (OEA) confirmou o recebimento da carta do ex-governador Anthony Garotinho, na segunda-feira de manhã, pelo secretário-geral da organização, José Miguel Musso Insulza. Mas um graduado integrante da missão brasileira informou que é remota a chance de ser aceito o pedido de supervisão internacional no processo eleitoral brasileiro.
Segundo análise do integrante da OEA, é da praxe diplomática responder às solicitações remetidas ao órgão, ¿mas não há uma situação concreta que requeira o esforço do envio de uma missão ao Brasil, cujo sistema eleitoral detém grande respeito internacional¿. Para ele, diferentemente de uma missão, o envio de observadores é rotineiro e não deverá estar condicionado à greve de fome do ex-governador.
Não há prazo para a avaliação do pedido. É possível que a documentação assinada pela assessoria de Anthony Garotinho seja encaminhada a um departamento ligado à Subsecretaria de Assuntos Políticos da OEA. Cabe a este departamento analisar a necessidade de monitoramento nos países.
Pedidos de supervisão internacional costumam ser feitos formalmente através da Justiça Eleitoral. Caso aprovada, a OEA apresenta os custos da missão, o tempo de permanência e o número de observadores.