Título: HILDEBRANDO VAI A JÚRI POR ASSASSINATO
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Fonte: O Globo, 03/05/2006, O País, p. 13

Ex-deputado é acusado de matar policial, com seis cúmplices, em 1997

BRASÍLIA. O juiz José Airton de Aguiar Portela, da 12ª Vara Criminal, transferiu para o próximo dia 29 o novo julgamento do ex-deputado Hildebrando Pascoal, que neste processo é acusado de envolvimento no assassinato do policial Sebastião Crispim da Silva, em setembro de 1997. O juiz decidiu ontem suspender e trocar a data do julgamento momentos depois de iniciar a sessão do Tribunal do Júri em que Hildebrando e mais seis cúmplices seriam julgados pela morte de Crispim.

O juiz desmembrou o caso e adiou o julgamento de Hildebrando porque o advogado do ex-deputado renunciou à defesa do cliente na abertura da sessão. O juiz transferiu para o dia 29 também os julgamentos de João de Souza Pinheiro e Reginaldo Rocha de Souza, dois dos seis supostos cúmplices do crime. Portela manteve, no entanto, a sessão de julgamento dos demais acusados: Alex Fernandes Barros, Alexandre Alves da Silva, Ronaldo Romero e Raimundo Alves Oliveira. O julgamento começou por volta das 11 h e não há previsão de término.

Crispim foi um dos poucos policiais que, naquele período, se dispôs a prestar depoimento contra Hildebrando. O ex-deputado é acusado de chefiar um grupo responsabilizado pela morte de mais de 40 pessoas, segundo relatório da CPI do Narcotráfico. Em março do ano passado, Hildebrando Pascoal foi condenado por homicídio triplamente qualificado a 25 anos e 6 meses de prisão. Ele foi acusado de mandar matar o policial Walter Ayala.