Título: PÂNICO LEVA À SUSPENSÃO DE AULAS
Autor: Tatiana Farah
Fonte: O Globo, 16/05/2006, O País, p. 9

Creches, escolas e universidades dispensam alunos

SÃO PAULO. A onda de ataques em São Paulo levou pânico e interrompeu aulas em creches, escolas e faculdades em várias cidades do estado. Diante da falta de segurança, até mesmo o Colégio da Polícia Militar decidiu dispensar alunos ¿ filhos de policiais ¿ que estudam no ensino fundamental e médio. O Colégio da PM tem cinco unidades e, segundo pais de alunos, todas as aulas foram interrompidas.

Na capital, 30% dos alunos da rede estadual não tiveram aulas em 274 escolas. A direção dos estabelecimentos de ensino orientaram os alunos a voltar para casa para evitar problemas. Na periferia, segundo moradores, os alunos foram mandados para casa por causa da falta de policiamento nos bairros. O temor era de que traficantes pudessem invadir as escolas.

A ausência de segurança fez ainda com que as principais faculdades fechassem as portas. À tarde, diante da ameaça de novos atentados, as aulas foram interrompidas na Fundação Getúlio Vargas (FGV), Instituto Mackenzie, Fundação Armando Álvarez Penteado (Faap), Fundação Cásper Líbero e Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU).

Também interromperam aulas a Escola de Belas Artes, a Universidade Bandeirantes (Uniban), a Universidade Paulista (Unip), além do Instituto Metodista, em São Bernardo do Campo, no ABC.

Donos de creches e de escolas maternais também dispensaram as crianças pela manhã e orientaram os pais a não levar os filhos na parte da tarde.