Título: NOS EUA, RELAÇÃO É DITADA POR TIPO DE CRIME
Autor: Ricardo Galhardo
Fonte: O Globo, 17/05/2006, O País, p. 11

Advogados passam por detector de metais

NOVA YORK e WASHINGTON. Nos Estados Unidos também existe a suspeita de que advogados inescrupulosos podem levar mensagens de um presídio para outro ou de bandidos presos para criminosos em liberdade. Recentemente, a advogada de um acusado de terrorismo foi presa sob a acusação de que levava recados de seu cliente à organização criminosa à qual ele pertencia.

A confidência das conversas entre presos, suspeitos de crimes e seus advogados é garantida por lei nos EUA. A relação entre advogados e clientes é regida por leis estaduais e federais, mas em geral os cidadãos têm direito de ter mais de um advogado para se defender, podendo escolher advogados diferentes para cada um dos processos a que respondem. Nenhum advogado, no entanto, entra num presídio, nos EUA, sem antes passar pelo detector de metais e, além disso, ter a sua pasta ou sacola aberta pela segurança.

¿ A relação com os advogados, porém, depende do nível de periculosidade do presidiário e do tipo de crime cometido por ele ¿ disse o advogado Kevin Roosevelt.

De alguns anos para cá, além da preocupação com o contrabando de armas e drogas, as autoridades passaram a restringir a entrada de profissionais com telefones celulares para visitar seus clientes.

As conversas podem acontecer dentro de uma cela ou através de uma parede de vidro, com um telefone.