Título: DEFENSORES DOS CRAVINHOS TIVERAM DEZ DIAS PARA VISITA
Autor: Flávio Freire e Ricardo Galhardo
Fonte: O Globo, 06/06/2006, O País, p. 3

Defesa alega que contato foi suspenso depois das rebeliões, mas pais estiveram no presídio

SÃO PAULO. Os advogados dos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos tiveram pelo menos dez dias para visitá-los desde o fim das rebeliões comandadas pelo crime organizado em São Paulo. No período, os irmãos receberam duas vezes a visita dos pais.

A impossibilidade de contato com Daniel e Cristian por causa das rebeliões nos presídios foi o argumento usado pelo advogado Geraldo Jabur para não comparecer ao julgamento marcado para ontem, no Fórum da Barra Funda.

Os irmãos estavam presos na Penitenciária 2 de Itirapina, no interior do estado, um dos 73 presídios em que os presos se rebelaram durante os ataques do crime organizado à polícia de São Paulo, nos dias 13 e 14 de maio.

Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), o presídio ficou interditado por dez dias depois da rebelião, por decisão do diretor, que não via condições de segurança para a entrada de visitas e advogados.

¿Trata-se de um procedimento administrativo, instituído pela secretaria, na ocorrência de motins e rebeliões, até que o estabelecimento volte à rotina¿, diz a nota distribuída pela SAP.

No entanto, a partir de 24 de maio a situação voltou ao normal em Itirapina e os Cravinhos receberam a visita dos pais no fim de semana dos dias 27 e 28. Na quinta-feira, Cristian e Daniel foram transferidos para o Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, na capital. Lá também receberam a visita dos pais, no fim de semana. Segundo a SAP, entre os dias 2 e 5, quando os irmãos estavam em Pinheiros nenhum pedido de visita dos advogados foi registrado.