Título: LÍDER DO MLST FICA SEM SALÁRIO DE R$6.800 NO PT
Autor: Tatiana Farah
Fonte: O Globo, 15/06/2006, O País, p. 5

Bruno Maranhão ainda integra diretório

SÃO PAULO. Além de enfrentar um processo na comissão de ética do PT que pode levá-lo à expulsão, o ex-secretário de Movimentos Populares do partido e líder do MLST Bruno Maranhão teve o salário de R$6.800 cortado. A decisão foi tomada pela executiva nacional do PT. Esta semana, a comissão de ética do partido começou a reunir documentos sobre os atos de vandalismo do MLST na Câmara.

A suspensão do salário de Maranhão saiu junto com a decisão de afastá-lo da Secretaria de Movimentos Populares e da executiva do PT. De uma rica família de usineiros de Pernambuco, Maranhão mora num apartamento de 200 metros quadrados num bairro nobre de Recife.

Na segunda-feira, o PT escolheu os cinco integrantes da comissão que vão analisar a situação de Maranhão. O coordenador será Danilo Camargo. Iole Lopes será a relatora. A comissão já começou a solicitar cópias de fitas de vídeo e dos boletins de ocorrência sobre a invasão da Câmara. O prazo para entrega do relatório não foi estabelecido.

Maranhão continua integrando o diretório nacional do PT. Segundo o partido, ele só poderá ser afastado do diretório depois de ser punido pela comissão de ética. Oficialmente, o PT evita fazer estimativas sobre o destino de Maranhão, mas em conversas reservadas os líderes do partido dão como certa a expulsão.

¿ De cada dez pessoas com quem eu converso, nove querem a expulsão ¿ afirmou um dirigente.

As correntes responsáveis pela escolha de Maranhão para a secretaria não indicaram o sucessor do líder do MLST.