Título: SÉRGIO CABRAL SE LICENCIA DO SENADO
Autor: Jailton de Carvalho
Fonte: O Globo, 11/07/2006, O País, p. 8

Paes e Frossard manterão atuação parlamentar; Crivella não decidiu

O senador Sérgio Cabral Filho (PMDB) se licenciou ontem do cargo para fazer a campanha pelo governo do estado. Ele argumentou que quer ter mais tempo para cumprir os compromissos de candidato. De acordo com sua assessoria, a licença de Cabral durará até o dia 4 de outubro e não dará direito a vencimentos. O suplente de Cabral, Regis Fitchner, não assumirá a vaga. A Constituição determina a substituição pelo suplente apenas nos casos em que a licença é de mais de 120 dias.

¿ Ele (Cabral) pediu a licença de três meses. Neste caso, o suplente nem pode assumir. Caso o senador queira participar de alguma votação, poderá suspender a licença e voltar ¿ afirmou Fitchner, que também é coordenador do comitê financeiro da campanha peemedebista.

Além de Cabral, três outros candidatos são parlamentares: os deputados federais Eduardo Paes (PSDB) e Denise Frossard (PPS) e o senador Marcelo Crivella. Paes e Frossard já decidiram que não se licenciarão do cargo. Crivella ainda não se pronunciou.

Cabral, que ontem deu palestra na Câmara de Comércio Brasil-Portugal, no Centro, afirmou que não comentará mais o blog ''Pero Vaz de Caminha¿¿, divulgado pelo prefeito Cesar Maia. O blog faz ironias e supostas denúncias contra Cabral.

¿ O blog já saiu (do ar). Não está em funcionamento. Agora, só meus advogados falam sobre o assunto ¿ afirmou o senador, que usava um adesivo com seu número na campanha eleitoral.

O peemedebista disse que está fazendo consultas ao Tribunal Regional Eleitoral para tentar trazer as bandas de volta para a campanha. Depois de visitar empresários portugueses, Cabral planeja encontros com as comunidades britânica, alemã e francesa no Rio, para as próxima semanas.

Crivella visita Firjan e fala sobre violência

Crivella foi ontem à tarde à Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) para encontro com a diretoria da entidade. Ele disse que quer parceria com os empresários para tirar o Rio da ¿maior crise social de sua história¿. Sobre o episódio de sexta-feira, em que jornalistas foram impedidos por traficantes de acompanhá-lo em visita à favela do Jacarezinho, Crivella disse que havia risco para a vida de terceiros:

¿ Enquanto o estado não conseguir prover segurança para os jornalistas, não vou expô-los a esta violência de conseqüências imprevisíveis.