Título: `É UMA REAÇÃO À AÇÃO DA POLÍCIA¿, DIZ ALCKMIN
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Fonte: O Globo, 13/07/2006, O País, p. 10
Candidatos a governador de SP trocam acusações: Serra critica Lula, Mercadante e Quércia atacam governo estadual
SÃO PAULO. O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, atribuiu ontem os ataques do crime organizado em São Paulo a uma reação ao trabalho da polícia, que prendeu anteontem mais um dos chefes da facção criminosa que age nos presídios do estado:
¿ É uma reação à ação da polícia e, infelizmente, há que se perseverar, não retroceder um milímetro e enfrentar o problema do crime organizado. Tenho certeza que o governo não vai retroceder.
Alckmin disse ter conversado por telefone com o governador Cláudio Lembo (PFL) e com o secretário de Segurança do estado, Saulo de Castro Abreu Filho, sobre os ataques.
¿Quem quiser tirar casquinha disso vai errar¿
O ex-governador recuou-se a comentar a oferta feita pelo presidente Lula, que novamente pôs a Força Nacional à disposição do governo paulista:
¿ Cabe ao governo do estado avaliar.
Perguntado sobre declarações de oposicionistas de que a oferta do governo federal seria um factóide, Alckmin disse que não politizará a questão e que não teme que a nova onda de ataques atrapalhe seu desempenho nas pesquisas de intenção de votos:
¿ Não vou levar isso para o campo político-eleitoral. Quem quiser tirar casquinha, benefício eleitoral disso, vai errar.
Já os candidatos ao governo do estado trocaram acusações. O ex-prefeito José Serra (PSDB) criticou, e o senador Aloizio Mercadante (PT) e Orestes Quércia (PMDB) responsabilizaram o governo estadual.
¿ A segurança é um direito fundamental do cidadão que está sendo violado pelos avanços das organizações criminosas e pela incompetência na política de segurança nos 12 anos de governo do PSDB/PFL ¿ disse Mercadante.
Serra afirmou que o governo federal, em vez de atuar em parceria com o governo estadual, faz ¿demagogia e trololó¿:
¿ O governo federal diminuiu o dinheiro para São Paulo do fundo de segurança e penitenciário. Cortou 40%. Devia cuidar do contrabando de armas e drogas, que é a base do crime organizado. Tem feito demagogia. Isso é fácil, falar é trololó. Fazer que é bom, não faz.
Para Quércia, os ataques mostram a falta de comando na segurança pública no estado.
¿ Esse é um processo de desmoralização do governo. É o crime organizado que manda nos presídios.
(*) Do Diário de S. Paulo