Título: CRISTOVAM USA ATENTADOS EM SP PARA ATACAR POLÍTICA DE SEGURANÇA DE LULA
Autor: Ludmilla de Lima
Fonte: O Globo, 13/07/2006, O País, p. 14
Brasil enfrenta hoje uma guerra civil, afirma o candidato do PDT
O candidato do PDT à Presidência, senador Cristovam Buarque, disse que o país vive hoje uma guerra civil com os novos ataques em São Paulo. Ele esteve de manhã em Nova Iguaçu e São João de Meriti, na Baixada Fluminense, na companhia do candidato a governador do partido, Carlos Lupi, e criticou a falta de ação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação à crise da segurança.
¿ O Brasil vive uma guerra civil. Guerra civil significa que o problema tem que ser enfrentado pela República, pela nação, pelo presidente da República. Não dá para enfrentar uma guerra civil apenas pelas polícias estaduais ¿ afirmou.
O ex-ministro da Educação no governo Lula, ele disse que o presidente ainda não trouxe ¿para seu colo o problema¿:
¿ O que está em jogo não é o governador, ele está bem protegido. O que está em jogo é o povo. E não pode o presidente da República deixar o povo de um estado abandonado.
Cristovam defendeu a convocação do Conselho da República ¿ órgão superior de consulta do presidente da República criado em 1988 ¿ e a criação de uma agência federal de segurança pública.
¿O Exército é para enfrentar inimigos externos¿
Segundo Cristovam, que não detalhou a proposta, o órgão coordenaria as ações de todas as polícias. Ele disse ser contra intervenção federal nos estados por meio das Forças Armadas:
¿ O Exército é para enfrentar inimigos externos, e não problemas nacionais.
Lupi criticou a segurança pública no Rio de Janeiro. No último fim de semana, pelo menos duas pessoas da equipe de campanha do candidato foram alvo de violência:
¿ Estamos num estado de sítio no Rio, como em nenhum outro estado da federação.