Título: Ibope: Alckmin cai, Lula e Heloísa sobem
Autor: Cláudia Lamego
Fonte: O Globo, 11/08/2006, O País, p. 16

Pesquisa Ibope divulgada ontem pela Rede Globo confirmou a tendência de queda nas intenções de voto do candidato Geraldo Alckmin (PSDB) na disputa pela Presidência. Na consulta feita de 22 a 24 de julho, o tucano tinha 27%. Ele perdeu dois pontos, na consulta realizada de 29 a 31 de julho. Agora caiu novamente e está com 21%. A vantagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tinha 44% nas duas pesquisas feitas em julho e hoje tem 46%, aumentou de 17 para 25 pontos. Com o resultado, o petista seria reeleito hoje com 57% dos votos válidos. Heloísa Helena (PSOL) subiu quatro pontos percentuais de julho para a pesquisa atual, indo de 8% para 12%.

O índice de votos em branco ou nulos se manteve em 9% nas três pesquisas e o de quem não sabe ou não opinou passou de 9% nas duas anteriores para 10%. Na avaliação do instituto, os votos de Alckmin podem ter migrado para Heloísa e Lula. Cristovam Buarque manteve os 1% das últimas pesquisas.

Num eventual segundo turno entre Alckmin e Lula, o petista ganharia por 51% a 33%. Em julho, vencia por 53% a 31%. A diferença oscila dentro da margem de erro.

Diminui a rejeição de Lula, aumenta a de Heloísa

Lula continua sendo o mais rejeitado, embora seu índice tenha diminuído de 32%, em julho, para 28%, em agosto. Já a rejeição à senadora Heloísa Helena aumentou de 19% para 23%. Alckmin também piorou neste item, mas ainda é o menos rejeitado entre os quatro primeiros colocados: passou de 16% para 22%.

Segundo o Ibope, cerca de seis em cada dez eleitores acham que Lula ganhará a disputa. Já Alckmin é mencionado por 15% e Heloísa, por 3%.

A avaliação do governo Lula melhorou. O índice dos que acham a administração ótima ou boa era de 38% em maio, passou para 39% em julho e agora é de 41%. Em maio, 41% achavam que o governo Lula era regular. O percentual caiu para 36% em junho e agora está em 35%.

O Ibope ouviu 2002 eleitores em 142 municípios, entre os dias 7 a 9 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com um grau de confiança de 95%.