Título: O CRIME ORGANIZADO NÃO QUER QUE EU ME ELEJA¿
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Fonte: O Globo, 31/08/2006, O País, p. 13

Candidato tucano afirma que facções criminosas tentam prejudicar sua campanha porque têm medo que combate ao crime aumente

O tucano Geraldo Alckmin se acha mais uma vítima das facções criminosas em São Paulo. Ele afirma que os bandidos não querem que se eleja porque temem que o combate ao crime aumente. Apesar de frisar que não vê ligação entre partidos políticos e a onda de violência em São Paulo, Alckmin disse que os ataques recrudescem cada vez que seu nome cresce nas pesquisas. O tucano afirmou ainda que, caso seja vitorioso, vai propor mudanças na Lei de Execuções Penais, lembrando que acabou com as cadeias em São Paulo, criando 75 penitenciárias durante sua gestão como governador.

VIOLÊNCIA EM SÃO PAULO

ARTHUR DAPIEVE A cada nova onda de ataques em São Paulo nomes do PSDB declaram que existe uma ligação entre o PCC e o PT. O senhor compartilha dessas suspeitas?

GERALDO ALCKMIN: Os índices de criminalidade em São Paulo estão em queda irreversível. Em todo lugar do mundo, o crime organizado, quando é enfrentado, reage. Os líderes do crime foram postos em penitenciárias de segurança máxima. O que eles ganham dando tiro em banco, queimando ônibus? Absolutamente nada. O que ganham seqüestrando um repórter para exibir uma fita na TV? Nada. Fazem isso porque estão sendo enfraquecidos e precisam demonstrar força. É óbvio que querem interferir no processo eleitoral. Eu não faço ligação de natureza partidária. Agora, que tem uma interferência com o período eleitoral, não tenho dúvida. Na Colômbia, a política migrou para o crime, no Brasil o crime migra para a política. O crime organizado não quer que eu me eleja, óbvio, porque em janeiro o governo federal vai estar trabalhando. Não vou ter medo de reação. Se for para ter medo, é só deixar eles tomarem conta.

VIOLÊNCIA E PESQUISA

COLUNISTA: O senhor acha que os episódios de violência em São Paulo influenciaram para que o resultado das pesquisas ficassem aquém do que o senhor esperava? Como se muda esse quadro a 32 dias da eleição?

ALCKMIN:Evidente que ajudar não ajuda. Aliás, quando a gente começa a melhorar um pouco tem uma outra ação do PCC. É uma enorme coincidência e geração espontânea. Mas todo cuidado com pesquisa. As mudanças ocorrem pouco antes da data da eleição. Se fizer uma pesquisa espontânea, 50% não vai ter candidato. No meu estado, eu só passei o Maluf a dez dias da eleição. O meu adversário, Lula, começou a atacar. Como pode alguém que tem 50% atacar quem tem 27%. É porque ele sabe que vai ter segundo turno. O Lula não vai aos debates porque foge de todo o contraditório. Ele só gosta de monólogo, de falar e ser ouvido. E no segundo turno não tem como fugir.

PRESÍDIOS

ARNALDO BLOCH: A onda de violência em São Paulo é mesmo um sinal do êxito da política da segurança pública? Poderia comentar a declaração de Heloisa Helena de que os presídios brasileiros são campos de concentração de pobres.

ALCKMIN: É um problema nacional. É uma guerra que tem que vencer batalha todo dia. A origem do problema é social: o Brasil não cresce, não tem emprego. É um país empobrecido, desigual. Não se age nas causas do problema. Há o tráfico de drogas e o contrabando de armas. Se gastou quase R$300 milhões em um plebiscito, para quê? Quantos portes de armas foram dados em São Paulo em três anos? Sessenta e três. E a polícia pega uma arma a cada quatorze minutos. Contrabando escandaloso, na cara do governo, com a total omissão do governo federal. Eu fiz 75 penitenciárias, o Lula fez uma em quatro anos. O maior problema não é penitenciária, é cadeia. É como morar em elevador lotado. Eu acabei com o Carandiru. Agora só existe no filme do Hector Babenco. Pretendo em janeiro apresentar um projeto de lei para mudar a Lei de Execuções Penais. Hoje ela é muito dura com os pequenininhos. Uma grande quantidade de presos não deveria estar nos presídios, poderia estar cumprindo penas alternativas. Hoje, os nossos filhos, netos e irmãos estão todos correndo risco de vida nos finais de semana, nas grandes cidades brasileiras.

QUÍMICA COM O ELEITOR

FERNANDO CALAZANS: O técnico Carlos Alberto Parreira disse que a seleção não foi campeã da Copa do Mundo porque faltou química. Será que é química com o eleitor que está faltando em sua campanha?

ALCKMIN: Eleição não se obriga, se conquista. Eu ando na rua e ouço: bate, doutor, bate, doutor. Nunca disputei eleição fora de São Paulo. Na realidade, as pessoas não me conhecem. Agora é que estão entrando no clima. A informação é baixa. O Fernando Henrique foi senador da república, foi o único presidente que duas vezes governou o Brasil. Ele conta que um dia desses saiu do aeroporto e encontrou uma moça entusiasmada, que pediu um autógrafo, dizendo: ¿o senhor trabalha na Globo, né¿. Ele disse: ¿Estou tentando¿. Mas o eleitor é sábio, não tem mágica. E eu acredito na democracia. Como é que vai reeleger um governo que, sob o ponto de vista ético, foi um descalabro, uma lista telefônica da corrupção? Como vai reeleger um governo que não funciona, que tem 34 ministérios? O país não cresce, está andando de lado.

CARGA TRIBUTÁRIA

FLÁVIA OLIVEIRA: Quais serão as suas ações, caso seja eleito, para reduzir a carga tributária e para fazer quem sonega pagar?

ALCKMIN: Estamos com carga tributária de país europeu. Um país pobre e com os serviços péssimos. O Brasil perdeu sua capacidade de investimento. E o programa do Lula, lançado ontem, é um engodo. Porque ele diz que não vai cortar gasto nenhum, então a carga tributária vai aumentar. A receita deles é aumentar gastos, aumentar impostos e cortar investimentos. O aparelhamento do estado é o atraso. Primeiro leva à ineficiência, depois à corrupção. Aparelhou-se o governo todo com companheiros, numa visão patrimonialista, O governo do PT, que prometeu 10 milhões de empregos, abandonou a agenda do crescimento. Hoje tem um beneficiozinho eleitoral e está semeando um quadro triste para a frente. O Brasil está condenado a crescer pouco. O Lula não vai mudar porque o negócio dele não é esse. Ele não gosta de governar. Gosta de fazer discurso.

ESCOLHA TUCANA

CORA RÓNAI: No começo do processo eleitoral, o José Serra estava com uma vantagem bastante grande em relação ao senhor. Talvez fosse o momento de aproveitar a vantagem que o Serra tinha, inclusive a imagem anti-Lula?

ALCKMIN: O Serra não perdeu a eleição porque o Brasil não cresceu, óbvio. Perderia outro também. Esse país precisa crescer. Essa juventude não pode ter medo do futuro. Precisa ter emprego, ter renda. Eu não me impus à ninguém. Eu deixei claro que queria ser candidato a presidente. E quem o partido escolhesse eu apoiaria, soldado Alckmin estaria lá na frente. Em 2010 vai ser uma guerra.

ESCOLHA DO PSDB

JORGE BASTOS MORENO: Acho que nem Lula criticou tanto o presidente Fernando Henrique como quando o senhor disse que o Serra perdeu a eleição porque o povo queria crescimento.

ALCKMIN: Mas é verdade. O Fernando Henrique fez um grande trabalho, que foi a estabilidade da moeda, uma conquista. Mas estabilidade é pré-requisito. O que interessa é que o país cresça, que haja emprego. Aí tivemos um azar. O Brasil é muito dependente da matriz energética hidroelétrica, não choveu. Por isso eu quero diversificar a matriz energética. A população queria uma esperança de crescimento mais forte e se frustrou.

FIDELIDADE PARTIDÁRIA

JORGE BASTOS MORENO: A oposição acusa o presidente Lula de omissão. O senhor teve comportamento semelhante na questão da fidelidade partidária. O que o PSDB no Ceará e em Pernambuco está fazendo com o senhor é traição.

ALCKMIN São questões diferentes. A questão do PT é roubo, é corrupção, desvio de dinheiro público. A outra é uma questão política. A solidariedade política é baixa. Quem é candidato primeiro cuida da sua campanha. Não é cabo eleitoral. Se eu estou bem, está todo mundo ajudando. Se eu não estou, vou ter que suar a camisa e falar mais firme. Não é uma infidelidade. O Tasso Jereissati é um bom companheiro. Eu não vou ficar choramingando campanha.

POLÍTICA EXTERNA

LUIS FERNANDO VERÍSSIMO O governo Lula foi mais independente dos Estados Unidos na política externa. O que o senhor mudaria na política externa brasileira?

ALCKMIN: Tenho uma posição totalmente contrária à do PT, que fez uma política partidarizada, ideológica, com resultado zero. Não fez um acordo comercial. Tudo deu errado. Conselho da ONU, diretoria da OMC, Mercosul. Perdemos espaço na América Latina. O Brasil vai ficar isolado. A questão da Bolívia foi péssima. Ela expropriou os ativos da Petrobras. A posição do governo brasileiro é dúbia e submissa. Isso cria uma insegurança jurídica para a região. Não teve uma palavra firme do governo na defesa do interesse nacional. Eu vou aprofundar a inserção internacional do Brasil. E fazer uma defesa intransigente do mercado brasileiro. Hoje há um outro tipo de protecionismo, que é o sanitário. O Brasil voltou a ter febre aftosa.

DISCURSO ANTICORRUPÇÃO

MERVAL PEREIRA: O programa do PT lançado ontem acusa o governo FH de ter feito a corrupção generalizada. O senhor não acha que deixando essa questão da corrupção de lado o senhor deu chance e campo para o presidente Lula assumir o ataque nesse campo?

ALCKMIN: Eu confio muito no julgamento das pessoas. Subestimar a inteligência da população é um erro grave. A população, até pelo sofrimento, está mais madura. Para mim é tão absurda essa situação de roubar e deixar roubar... Já tínhamos que ter superado essa discussão há tempos. Eu vou colocar a questão da corrupção diretamente, não por terceiros. Não há governo ético que não seja eficiente. O novo nome da ética é eficiência.

VANTAGEM DE LULA

MERVAL PEREIRA: A quem o senhor atribui a larga vantagem que o presidEnte Lula tem no cenário eleitoral?

ALCKMIN: Quem, como ele, disputou seis eleições presidenciais no Brasil? Outro dia via uma reportagem mostrando que dizendo que o presidente estava economizando dinheiro para o PT. A utilização despudorada da máquina pública. Ele não está fazendo economia para o PT, está roubando dinheiro do povo. Isso é crime. Olha o exemplo que está dando para uma prefeiturazinha pequenininha lá do interior do país. O PT dizia: experimente o PT, é diferente de tudo o que está aí. Agora diz o contrário: todos somos iguais. Até junho, ligava a televisão e era só propaganda do governo. E com tudo isso, tem 49% de aprovação. Isso muda. É um processo de natureza eleitoral. As pessoas se impressionam com pesquisas. Voto é no dia. A campanha de 2006 começa agora, com os argumentos que vão ser colocados. Eleição é convencimento.

IDÉIAS PROPOSTAS

MIRIAM LEITÃO: O senhor brigou tanto para ser candidato e não sabe em nome de que idéias e propostas se coloca?

ALCKMIN:Digo o dia inteiro que o governo Lula está no caminho errado. O governo aumenta gasto, aumenta imposto e corta investimento. Vou fazer o contrário. Vou cortar gasto, baixar imposto e aumentar investimento. O governo investe na educação superior. Nós vamos investir na educação básica. O governo desorganizou todos os critérios de avaliação na educação. Na saúde, retorcedemos. Não tem nada. Segurança pública, nem uma medida do governo. Eu tenho falado em programa de governo 24 horas. Aliás, a crítica qual é? Tem que bater, tem que bater. Tem que colocar a questão ética, a da corrupção. Eu tenho procurado centrar naquilo que interessa ao povo brasileiro: saneamento, habitação, agricultura, indústria, pequena empresa, microempresa, crescimento, política externa, exportação.

SISTEMA POLÍTICO

TEREZA CRUVINEL:Temos um sistema político partidário que dificulta a formação de consensos. O presidente Lula afirmou a um grupo de empresários que vai se empenhar por uma convergência em torno da agenda prioritária do país. Setores do PSDB estariam participando de conversações prelimiares. O senhor estaria com eles ou com com os que gravitam em torno do presidente Fernando Henrique?

ALCKMIN:Na democracia, quem ganha governa. Quem perde, fiscaliza. Essa nitidez é importante. Tem que ter lado. O PSDB elegeu setenta e tantos deputados. Qual foi a estratégia do governo? Cooptar os mais fracos e desidratar os que tinham coluna vertebral. O mensalão é uma visão autoritária. É a submissão de um poder ao outro poder. Vi uma proposta do Lula de fazer Constituinte. A Constituição brasileira tem 18 anos. Como é que pode? Fazer constituinte para reforma política? Que reforma política é essa? Solução é pôr ladrão na cadeia. Eu aprovaria a fidelidade partidária e o voto distrital misto. O parlamento brasileiro virou uma casa das corporações. A reforma política, que é importante, não precisa fazer nenhuma constituinte.

PACTO COM O PT

TEREZA CRUVINEL: O Senhor é contrário aos tucanos que estão participando das conversações?

GERALDO ALCKMIN: Serra me disse que não teve encontro com Márcio Thomaz Bastos. Questões de interesse do país nós votamos. O PT não fez isso com o Fernando Henrique. Tudo o que pôde eles votaram contra, desde o Fundef, à Lei de Responsabilidade Fiscal, tudo. Não precisa ter nenhuma coalizão se for do interesse do país.

INCENTIVO À CULTURA

ARTHUR XEXÉO: Qual é a sua avaliação do atual governo na área de cultura e, se for eleito, o que mudará?

GERALDO ALCKMIN:Hoje o fomento à cultura é quase exclusivamente baseado em lei de incentivo fiscal, ou Lei Rouanet ou Lei do Audiovisual. Na hora que o Brasil crescer, temos que tratar da qualidade do gasto. O que não for essencial, vamos cortar. Lei Rouanet e do Audiovisual, tudo bem.

AGENDA CULTURAL

JOAQUIM FERREIRA DOS SANTOS: O apoio do Estado beneficia ou prejudica a arte?

GERALDO ALCKMIN: O apoio é fundamental. A última peça que assisti foi do Paulo Autran, em que ele era um judeu. Vou no cinema toda semana. O Brasil tem filmes bons: O Auto da Compadecida, Lisbela, Carandiru.

SISTEMA DE COTAS

CHICO CARUSO: O senhor é a favor ou contra o sistema de cotas?

GERALDO ALCKMIN:Sou a favor das ações afirmativas. Cota é uma e pontuação acrescida é outra. Estudo da Unicamp mostra que o aluno da rede pública que ganhou um empurrãozinho vai melhor do que o aluno da universidade particular. Vou trabalhar para acabar com vestibular. É um absurdo, uma decoreba sem fim. É um absurdo. O correto é o Enem.

TRANSPORTE URBANO

ELIO GASPARI:Durante seu governo estendeu-se o bilhete único de transporte dos ônibus aos usuários do metrô de São Paulo. Nos últimos meses acabaram-se os descontos para quem usa a rede de transportes públicos todos os dias. Um habitante de São Paulo que anda de metrô ou ônibus duas vezes por dia gasta R$126, ou 56 dólares mensais. Em Nova York, esse mesmo cidadão paga 76 dólares por um cartão que permite o uso ilimitado da rede de metrô e ônibus durante trinta dias. Trata-se de um desconto de 37% sobre a tarifa cheia. O salário médio do trabalhador de São Paulo equivale a 25% do que ganha o novaiorquino. Como o senhor justifica a supressão dos descontos?

GERALDO ALCKMIN:São Paulo fez uma coisa fantástica, que é a integração tarifária e de modais. A utilização dos vários modais dá R$4,20 e com cartão magnético paga R$3. Vou usar parte do dinheiro da Cide para ajudar os estados e municípios em transporte de alta capacidade que é metrô, trem e corredor de ônibus. Toda a prioridade será para o coletivo. Hoje estamos fazendo em São Paulo, só com o dinheiro do estado, duas linhas de metrô ao mesmo tempo e tiramos a primeira Parceria Público Privada do papel com o investimento na linha quatro no metrô. São R$840 milhões da iniciativa privada. Outra idéia é fazer entendimento com os estados para baixar a carga tributária para o usuário do transporte coletivo da região metropolitana.

QUALIDADES DOS ADVERSÁRIOS

PAULO COELHO: Quais são as grandes qualidades de Heloísa Helena, Cristovam Buarque e do presidente Lula?

GERALDO ALCKMIN:Certamente todos têm qualidades. É chato ficar enumerando. Todos contribuem para o processo eleitoral. Sou muito duro com os fatos. Alguns ate me criticam. Dizem para ser mais agressivo.

PRIMEIROS ATOS DE GOVERNO

JOÃO UBALDO RIBEIRO: Por que o senhor se considera o melhor candidato? O que faria na primeira semana de governo?

GERALDO ALCKMIN: Acredito em processo, não em mágica. Acabou aquela coisa do passado, de dou um tiro e mato um tigre. Mas tem que avançar, não pode ir para trás. Vou fazer um grande esforço, além da educação, é obvio, na saúde. Comparados aos nossos irmãos latino americanos de mesma renda per capita, temos pior mortalidade infantil no brasil, mortalidade materna e expectativa de vida mais baixa, até porque morrem muitos jovens por causa da violência. As duas reformas que pretendo mandar antes de abrir o Congresso é a reforma política, com fidelidade partidária e o voto distrital, e a reforma tributária que, na minha proposta, é fazer por etapas, porque tem muitos interesses contraditórios. Reforma tributária para mudar tudo não vai sair. Primeira meta é ICMS, lei federal, uma lei só, cinco faixas de alíquotas. Hoje temos 27 leis diferentes, 55 alíquotas. E depois unificar tudo no IVA, Imposto sobre Valor Agregado: ICMS, IPI, ISS.

VIOLÊNCIA

ZUENIR VENTURA: Da política de segurança adotada em São Paulo, o que o senhor repetiria em Brasília?

GERALDO ALCKMIN:: Claro que tem muito a avançar. Mudança na lei de execuções penais. Melhorando a legislação não vai ter superpopulação. A lei atual mantém o pequeno preso e permite escapar o grande.A outra medida é polícia de fronteira, além de liberar dinheiro para os estados e trabalhar junto com eles. Ter banco de dados e inteligência policial. Os governadores reunidos no Conselho Nacional de Segurança e o presidente da República liderando esse trabalho. E vou criar o Ministério da Segurança, onde vai ficar a Polícia Federal.

DISCRIMINALIZAÇÃO DAS DROGAS

ARNALDO BLOCH: O senhor é a favor da discriminalização das drogas?

GERALDO ALCKMIN:: Traficar é crime. Dependente químico, consumidor, é doença. Tem que avaliar com cautela. Acho que o caminho é tratar o dependente químico.