Título: DETIDOS 5 BRASILEIROS SUSPEITOS DE FAZER PARTE DA QUADRILHA
Autor: Paulo Yafusso
Fonte: O Globo, 05/09/2006, O País, p. 3

Polícias dos dois países procuram ainda um casal foragido do Paraguai

BRASÍLIA. A operação que apreendeu no Paraguai armas destinadas a criminosos brasileiros faz parte de uma ação conjunta com a Polícia Federal brasileira. Do lado brasileiro, cinco supostos integrantes da quadrilha estão presos. Os mandados de prisão foram expedidos na semana passada pela Justiça Federal brasileira.

Os suspeitos pertenceriam ao grupo que fornece armas para a criminosos brasileiros, inclusive para a facção que aterrorizou São Paulo nos últimos meses. A PF prendeu os cinco: dois em Ponta Porã, dois em Cuiabá e Armando Dornelles Rodrigues em Dourados, em Mato Grosso. É em nome de Rodrigues que está o arsenal encontrado ontem. Logo depois da prisão dele, a PF fez um relato do caso e pediu ajuda à Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai. As polícias brasileira e paraguaia estão ainda à procura de um casal, um brasileiro e uma paraguaia, foragidos do Paraguai.

¿ Foi uma operação casada entre a Polícia Federal e a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai ¿ disse um auxiliar do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.

Com base nas informações da PF, em pouco tempo as autoridades paraguaias localizaram e apreenderam o lote de armas.

¿ O comando já foi dado pelo ministro Márcio Thomaz Bastos. A ordem é estender a mão, é colaborar. Isso desde a eclosão da crise em São Paulo. E, claro, com o Paraguai, nossa colaboração é permanente ¿ afirma o diretor da Divisão de Combate ao Crime Organizado da PF, delegado Getúlio Bezerra.

Autoridades brasileiras e paraguaias vinham tratando do assunto desde o início do ano, quando a Polícia Federal prendeu, em Ponta Porã, nove pessoas acusadas de fornecer armas para a facção criminosa de São Paulo. No dia 23 do mês passado, na segunda fase da chamada Operação Gládio, a PF prendeu mais quatro suspeitos em Foz do Iguaçu e Ponta Porã. A apreensão das armas no Paraguai é a terceira etapa desta operação.