Título: PROUNI ATRAI APOIO DE EMPRESÁRIOS
Autor: Tatiana Farah
Fonte: O Globo, 14/09/2006, O País, p. 9

Outros setores também assinam manifesto pela reeleição de Lula

SÃO PAULO. Um grupo de empresários entrega amanhã ao presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, um manifesto em apoio à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além de empresários historicamente ligados ao PT, há novas adesões como Heitor Pinto Filho, dono da Uniban (Universidade Bandeirante de São Paulo). A adesão de empresários da rede universitária particular está associada ao ProUni (Programa Universidade para Todos). Com o programa, o governo federal concede bolsas em escolas privadas para que alunos das camadas mais pobres tenham acesso ao ensino superior.

¿ A adesão é associada ao ProUni, que tem repercussão importante na ação da universidade. Mas é um manifesto de pessoas e não de empresas. O enfoque social e o desenvolvimento do país durante o governo Lula são o motor desses apoios ¿ diz Marcos Piva, do comitê que organiza o manifesto.

Até ontem à tarde foram colhidas 62 assinaturas de empresários de áreas diversas entre eles Ivo Rosset, da Valisére, que apóia a campanha petista pela segunda vez; e Michael Haradom, dono da Fersol, uma empresa química de produtos agrícolas. Lawrence Pih, do Moinho Pacífico, é um dos empresários ligados historicamente ao PT que assinam o documento. Também são apoiadores José Pessoa de Queiroz Bisneto, do Grupo J. Pessoa, empresa do setor sucroalcooleiro; e Armênio Mendes, do Grupo Mendes, de turismo e comércio na Baixada Santista.

De acordo com Piva, o documento terá uma página e não serão impostas condições para o apoio. O comitê de empresários sugere ações no programa de governo do PT, que deve lançar cadernos temáticos até a semana que vem.

¿ Somos um escritório político, o que não tem a ver com doações de campanha. As propostas do comitê são todas na área econômica ¿ disse Piva.

Segundo ele, as denúncias contra o governo Lula não foram determinantes para que o comitê de empresários se esvaziasse:

¿ Em 2002, estava mais difícil conseguir adesões. Nosso papel era mostrar que o governo Lula não seria temerário, não colocaria a economia em risco. Agora, o governo tem o que mostrar.