Título: Demissão de Freud é oficializada 'a pedido'
Autor: Cristiane Jungblut/Luiza Damé
Fonte: O Globo, 20/09/2006, O País, p. 13

Situação é semelhante à que envolveu Palocci e Dirceu, embora Lula tenha dito que foi ele quem os demitiu

BRASÍLIA. O Palácio do Planalto formalizou ontem a demissão de Freud Godoy, assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dando a ele o mesmo benefício concedido aos demais integrantes do governo envolvidos em denúncias de irregularidades. O Diário Oficial de ontem publicou a exoneração, a pedido, de Freud.

O mesmo procedimento foi adotado nas demissões dos ex-ministros José Dirceu e Antonio Palocci, embora Lula tenha dito recentemente que os auxiliares não pediram para sair. Lula disse que ele é que os demitiu.

Freud enviou ao chefe de Gabinete Pessoal da Presidência, Gilberto Carvalho, um e-mail pedindo seu afastamento, depois de uma conversa com o presidente Lula, por telefone, na manhã de segunda-feira.

O ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, abriu ontem a possibilidade de Freud retornar ao governo se, ao fim das investigações, não for confirmado o seu envolvimento na compra do dossiê. Mais tarde, por meio de sua assessoria, Tarso afirmou que quis dizer que, se Freud for inocentado, o governo resolverá o que fazer e talvez reavalie o caso.

- Se for um engano, evidentemente isso será reexaminado. Mas a postura do presidente é essa: deve ficar à disposição da PF para prestar todos os esclarecimentos e colaborar com as investigações. Na minha opinião, ele não volta mais.

Inclui Quadro [Conheça o documento: recortes do documento de exoneração de Freud Godoy]