Título: TEMER DECLARA APOIO A ALCKMIN E PROMETE ADESÕES
Autor: Luiza Damé e Cristiane Jungblut
Fonte: O Globo, 04/10/2006, O País, p. 8

`Estamos consultando os deputados federais eleitos, senadores, governadores¿, diz peemedebista

SÃO PAULO. O presidente nacional do PMDB, Michel Temer, abraçou ontem a campanha para o segundo turno do candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin. Em encontro a portas fechadas no improvisado comitê de quatro cômodos da campanha tucana, Temer avisou que organizará atos de apoio em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília para atrair a parcela mais ampla do partido em torno de uma candidatura que, até então, tem apenas o PFL e o PPS como apoios de primeira hora.

Temer acompanhava a governadora do Rio, Rosinha Garotinho, e o ex-governador Anthony Garotinho, que estiveram em São Paulo para declarar apoio a Alckmin.

¿ Nós começamos a fazer um trabalho com o PMDB para obter a parcela mais ampla do partido no apoio ao Geraldo Alckmin. E esse foi o primeiro gesto. A governador Rosinha e o ex-governador Garotinho vieram aqui para emprestar apoio ao Alckmin para trazer votos do Rio e de todo o país ¿ disse Temer.

Em meio à costura de alianças, Temer disse que o partido já começou a consultar as bases.

¿ Estamos consultando todos os deputados federais eleitos, senadores, governadores.Vamos reunir muitos prefeitos para fazer um grande ato em São Paulo, no Rio e em Brasília pela campanha do Alckmin.

Considerado o fiel da balança na eleição do segundo turno, o PMDB já começaria a barganhar posição de destaque num eventual governo de Alckmin. As lideranças do PMDB e do PSDB negam acordo para que a aliança seja formalmente acertada, mas pelos bastidores já se fala no compromisso de Alckmin em entregar pastas importantes para indicados de Michel Temer.

¿ Não vai haver barganha. Nosso compromisso passa pelo bem do Brasil ¿ disse Alckmin.

Temer segue na mesma linha:

¿ Nosso único objetivo é ganhar a Presidência com o Alckmin ¿ disse o presidente do PMDB, que enfrenta divergências internas, porque parte da legenda apóia a reeleição do presidente Lula.

* Enviada especial