Título: CANDIDATO GANHA APOIO DE PEDETISTAS
Autor: Rogério Daflon e Valeria Maniero
Fonte: O Globo, 24/10/2006, O País, p. 14

Deputado do PDT diz esperar que Cabral rompa com o casal Garotinho

Integrantes da bancada eleita do PDT para a Assembléia Legislativa e Câmara dos Deputados deixaram a neutralidade do partido de lado e declararam ontem apoio ao candidato do PMDB a governador, Sérgio Cabral, do PMDB. Mais uma vez, o candidato negou qualquer oferta de cargos para a costura da aliança, selada na Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Mas o deputado estadual Paulo Ramos afirma que há uma expectativa no PDT ¿ que faz oposição ao governo Rosinha ¿ de que Cabral rompa com o casal Garotinho.

¿ A manifestação não significa negar as críticas que fizemos aos governos Rosinha e Garotinho. Significa, inclusive a expectativa de que ele rompa com essas políticas. Se não for um rompimento político explícito, que seja de políticas públicas ¿ diz o deputado.

Segundo Ramos, o apoio da bancada a Cabral, caso seja eleito governador, ainda será discutido. Mas admite que o grupo caminhará unido com o peemedebista:

¿ Estamos aqui para unir o partido em torno de um projeto. Temos certeza absoluta que estaremos juntos num governo.

Sem a presença da deputada estadual Cidinha Campos ¿ de quem afirma ter apoio ¿ e ao lado de pedetistas como o vereador Brizola Neto, Cabral disse que a posição do grupo ¿transcende a questão eleitoral¿:

¿ O governador tem que ser o do diálogo e das forças progressistas do estado. E o PDT tem essa marca, do compromisso popular, do compromisso com a educação.

Frossard faz campanha no interior sem aliados locais

Após o encontro com políticos do PDT, o candidato participou, também na ABI, de um ato da Força Sindical. A entidade ¿ cujo presidente nacional, Paulo Pereira da Silva, faz campanha para o candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB) ¿ também declarou apoio a Cabral, aliado do presidente Lula, candidato à reeleição pelo PT.

Já a candidata Denise Frossard, do PPS, cercada pela teia de alianças do peemedebista, resolveu apostar no isolamento como arma eleitoral. Ao som de uma marchinha que ironiza as novas companhias dos adversários, a deputada percorreu ontem seis municípios do Sul Fluminense pregando as virtudes de sua campanha-solo ao Palácio Guanabara.

¿ Minha candidatura é de ruptura. Talvez por isso eu não tenha muitos apoios ¿ desabafou, em Barra Mansa.

Em Resende, sem apoio dos caciques locais, a candidata apelou para uma comitiva de correligionários do Rio e enfrentou um exército de cabos eleitorais com bandeiras de Cabral e Alckmin.