Título: COMPRA DA INCO FAZ AS AÇÕES DA VALE REGISTRAREM A MAIOR ALTA DA BOVESPA
Autor: Patricia Eloy
Fonte: O Globo, 25/10/2006, Economia, p. 28
Papéis com direito a voto sobem 4,63%, e preferenciais avançam 3,34%
As ações da Companhia Vale do Rio Doce registraram ontem a maior alta do Ibovespa, índice que reúne os papéis mais negociados da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Os papéis com direito a voto da companhia (ON) subiram 4,63%. As ações PN (preferenciais, com prioridade no recebimento de dividendos) avançaram 3,34%, bem acima do Ibovespa, que teve alta de 0,69%.
Os ADRs (recibos de ações da empresa negociados no exterior) da Vale avançaram 4,49% ontem, acima do índice que reúne os principais ADRs de empresas brasileiras, que subiu 0,64%. O volume negociado apenas com as ações PN dobrou em relação à média dos últimos dias: ficou em R$293 milhões.
Moeda americana ganha 0,56%, para R$2,151
A alta no preços das commodities no mercado internacional, somada à confirmação da compra da Inco pela mineradora brasileira, garantiram a forte valorização dos papéis. Com o avanço das cotações das matérias-primas, empresas como Petrobras, Usiminas, CSN e VCP registraram os maiores ganhos do dia: 2,57%, 1,80%, 1,42% e 1,20%, respectivamente.
O bom desempenho das commodities fez com que a Bolsa brasileira tivesse ontem desempenho bastante superior ao do mercado americano. Em Nova York, o Nasdaq caiu 0,45%, enquanto o Dow Jones teve uma ligeira alta, de 0,09%, alcançando um novo patamar recorde: 12.127,88 pontos.
Já o dólar encerrou os negócios em alta de 0,56% em relação ao real, cotado a R$2,151 para venda. O volume de negócios não superou US$1,5 bilhão, bem abaixo dos mais de US$2 bilhões negociados diariamente. A expectativa dos investidores em relação à decisão, hoje, do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), sobre o rumo dos juros americanos fez minguar as operações. Analistas acreditam que o Fed manterá os juros em 5,25%. O risco-Brasil ficou estável, em 211 pontos centesimais.