Título: EM SP, PLANO ESPECIAL PARA OS FERIADOS
Autor: Regina Alvarez, Cristiane Jungblut e Henrique Gome
Fonte: O Globo, 08/11/2006, Economia, p. 26

Procon quer atenção para passageiros com espera acima de 30 minutos

SÃO PAULO e RIO. As companhias aéreas que operam nos aeroportos de Congonhas, na capital, e Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, apresentarão um plano emergencial para atender os passageiros nos próximos feriados ¿ 15 e 20 de novembro. As empresas devem ficar preparadas para assistir os usuários, caso ocorram novos atrasos e cancelamentos de vôos por causa da operação-padrão realizada pelos controladores de tráfego aéreo desde o dia 27. O esquema será decidido até a próxima segunda-feira.

A medida foi uma das quatro discutidas ontem por representantes de sete empresas aéreas, pela Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), pelo Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Associação de Moradores de Moema, em reunião na sede da fundação, na Barra Funda, Zona Oeste da capital. O Procon também pediu às companhias que auxiliem os passageiros a partir de 30 minutos de espera. Hoje, esse atendimento é feito depois de um atraso de quatro horas do embarque previsto.

As empresas ainda estão analisando como será o diálogo com o Procon com respeito aos casos de ressarcimento de passageiros que tiveram prejuízos por causa do caos no setor.

Para novo presidente da Snea, faltou planejamento

Por fim, as empresas que operam em Congonhas se dispuseram a estudar a redução de vôos noturnos, atendendo a reivindicação da Associação de Moradores de Moema, que protestou depois que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou a prorrogação do horário de funcionamento do aeroporto das 23h para 1h30, para amenizar a crise.

Já o presidente da Ocean Air, Carlos Ebner, disse ontem que a companhia aérea já está sendo alvo de ações judiciais de passageiros que se sentiram prejudicados. Ele acrescentou que a empresa não tem como arcar sozinha com as indenizações.

Marco Antonio Bologna, presidente da TAM e empossado ontem como presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea), disse que a crise poderia ter sido evitada com mais planejamento.

COLABOROU Erica Ribeiro