Título: SUPERMERCADOS VENDEM MAIS
Autor: Bruno Rosa
Fonte: O Globo, 09/11/2006, Economia, p. 23

Aumento real foi de 2,12% em setembro na comparação com 2005

SÃO PAULO. As vendas dos supermercados no país registraram em setembro um aumento real de 2,12% sobre o mesmo mês de 2005, interrompendo uma seqüência de quatro meses de quedas no faturamento do setor. Em relação a agosto, o aumento foi menor: 0,94%, já descontada a inflação medida pelo IPCA. De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), responsável pelo levantamento, além de ter tido cinco fins de semana ¿ quando as lojas vendem mais ¿, o aumento nos preços dos produtos mais vendidos favoreceu a recuperação no faturamento das redes naquele mês.

Em setembro, o preço médio dos 35 produtos de alto consumo nas redes subiu 0,82% sobre agosto. Para o presidente da Abras, João Carlos Oliveira, até dezembro a tendência é de recuperação nas vendas:

¿ Ainda está longe de ser um ano positivo, mas teremos uma melhora significativa neste último trimestre.

De janeiro a setembro, o faturamento do setor supermercadista está 2,21% abaixo do acumulado no mesmo período de 2005, já descontada a inflação. Mas a Abras espera uma virada e trabalha com a expectativa de que as vendas totais este ano cresçam 1% sobre 2005.

Outubro e novembro devem repetir os resultados positivos de setembro e, para dezembro, o melhor mês do setor, a previsão da Abras é de alta real de 5% sobre 2005.

Pesquisa da entidade sobre as expectativas do setor para o Natal revela que 63% das redes de supermercados apostam que este ano as vendas serão 9% maiores do que as do Natal passado. Foram ouvidas 70 redes, que respondem por mais de 75% do faturamento total do setor.

¿ Além de fatores como décimo terceiro salário, bonificações e gratificações, este ano há um clima mais otimista por causa das condições gerais da economia ¿ disse Oliveira.

A Abras projeta um salto ainda maior, de 15%, nas vendas durante os dez dias que antecedem o Natal. Para todo o mês de dezembro, essa alta deve ficar em 5%.