Título: Amaral: partido não ampliará participação
Autor: Maria Lima e Ilimar Franco
Fonte: O Globo, 10/11/2006, O País, p. 4

Presidente do PSB diz que será mantida cota de ministérios

BRASÍLIA. Mesmo com o fortalecimento do PSB nas urnas, depois da eleição três governadores (o número poderá chegar a quatro com a filiação de Blairo Maggi, de Mato Grosso) e da vitória sobre a cláusula de barreira (cumpriu a meta de atingir mais de 5% dos votos para a Câmara), o presidente do partido, Roberto amaral, não aposta na ampliação do espaço do partido na Esplanada dos Ministérios. O apoio do partido é pela manutenção de Sergio Rezende no Ministério da Ciência e Tecnologia. A ida de Ciro Gomes (PSB-CE) para outra pasta ainda é imprevisível.

- Dois ministérios para o PSB? É possível, mas não aposto. Para o PSB o que é essencial é participar do processo decisório do governo como um todo, desde o inicio. Nesse mandato o partido só passou a participar das decisões no final, em função do processo da crise - disse amaral, referindo-se à participação do então ministro Ciro Gomes nas reuniões de coordenação política no Planalto.

Para ingressar no PSB, só com ficha limpa

amaral prevê que a bancada de 27 deputados eleitos vai crescer muito nos próximos meses. Mas diz que haverá um filtro: o parlamentar que quiser ingressar no partido terá de apresentar uma biografia e comportamento compatível com o perfil programático do PSB. A meta é crescer de forma consistente, apresentar candidatos a prefeito em todas as capitais em 2008 e a presidente da República em 2010:

- Não temos que ter pressa. Crescer só quantitativamente não nos interessa. Nossa política será a da porta estreita. Não é esnobismo não, só não vamos baixar o nível.

O governador eleito de Pernambuco, Eduardo Campos(PSB) já teve um almoço com Lula na semana passada, e deve viajar com o presidente para Caracas. Mas tudo na cota do seu relacionamento pessoal com Lula e não de negociações partidárias.