Título: Críticas a reitores pelos poucos cursos noturnos
Autor: Weber, Demétrio
Fonte: O Globo, 13/12/2006, O País, p. 11

BRASÍLIA. O ministro Fernando Haddad disse achar tímido o esforço dos reitores das universidades federais para aumentar os cursos noturnos: de 2001 a 2005, o atendimento diurno cresceu 14% e o noturno, 19%. Ano passado, apenas 25% dos alunos de federais tinham aulas à noite. A proposta de reforma universitária, em análise na Câmara dos Deputados, prevê que um terço das vagas sejam noturnas. Haddad disse que esse percentual pode ser elevado.

Até porque o projeto de cotas, também enviado ao Congresso, reserva 50% das vagas para alunos de escola pública, com subcota para negros e índios. Como se trata de população de baixa renda, a falta de opções noturnas (indispensáveis para quem trabalha de dia) pode inviabilizar a freqüência dos cotistas, caso a reserva de vagas vire lei.

O censo mostra que 1,8 milhão de estudantes terminaram o ensino médio em 2005, quando foram oferecidas 2,4 milhões de vagas.