Título: Presente de Natal de US$53,4 milhões
Autor: Eloy, Patricia
Fonte: O Globo, 21/12/2006, Economia, p. 40

Diretor-executivo do Goldman Sachs ganha bônus recorde

NOVA YORK. O Papai Noel está sendo generoso em Wall Street. Ontem, o banco de investimentos Goldman Sachs informou que vai pagar a seu diretor-executivo, Lloyd Blankfein, um bônus de US$53,4 milhões - o que bate o recorde estabelecido semana passada por John Mack, do Morgan Stanley, que recebeu US$40 milhões.

Blankfein vai ganhar a bagatela de US$27,3 milhões em dinheiro, e o restante, em papéis e opções de ações. Ele assumiu o cargo em junho, com a ida de Henry Paulson para o Tesouro americano. Paulson, aliás, deteve o bônus recorde de 2005: US$38,3 milhões.

O bônus generoso reflete a alta dos lucros. Segundo estimativas da agência Bloomberg, a indústria financeira vai lucrar US$29,1 bilhões no ano fiscal de 2006, uma alta de 43% frente ao ano passado. Só o Goldman Sachs registrou ganho líquido de US$9,54 bilhões no ano fiscal, uma alta de 70% em relação a 2005 - o que lhe valeu o apelido de "Goldmine (mina de ouro) Sachs". Ao divulgar seus lucros semana passada, o banco de investimentos também informou que reservou este ano US$16,5 bilhões para salários, bônus e benefícios, o que daria cerca de US$622 mil por empregado.

De olho nos bônus de fim de ano, as montadoras de automóveis de luxo estão colocando versões especialíssimas no mercado. A Rolls Royce, por exemplo, tem uma edição limitada do Phantom, com detalhes de madrepérola, rodas cromadas e sistema de DVD, por US$370 mil. A Mercedes Benz, por sua vez, tem o cupê CL600 em edição assinada, à venda apenas pelo catálogo da Saks da Quinta Avenida, por US$160 mil.