Título: Taxa básica recua, mas juros de bancos quase não cedem
Autor: D'Ercole, Ronaldo
Fonte: O Globo, 28/12/2006, Economia, p. 21

Empréstimo pessoal ficou em 5,36%, ante 5,39% em 2005

SÃO PAULO e RIO. Pesquisa do Procon de São Paulo divulgada ontem mostra que, apesar da redução sistemática dos juros básicos da economia (a Selic) ao longo deste ano, as taxas pagas pelos correntistas de bancos que recorreram aos empréstimos pessoais ou tiveram de usar o limite do cheque especial apresentaram quedas ínfimas e continuam em patamares proibitivos. Com base no acompanhamento das taxas de dez dos maiores bancos do país, o Procon-SP verificou que nos empréstimos pessoais o juro médio praticado ao longo do ano foi de 5,36%, apenas 0,03 ponto percentual menor que a taxa média de 2005, de 5,39% ao mês.

Já no cheque especial, a taxa média de 8,20% mensais deste ano é apenas 0,05 ponto percentual menor que a de 2005, de 8,25% ao mês. Anualizado, o recuo da taxa foi de 160,54% para 156% anuais. Pelo mesmo critério, a queda do juro médio dos empréstimos pessoais foi de 88,42% para 87,41%.

Desde janeiro, enquanto a Selic caiu cerca de 26%, passando de 18% para 13,25%, a taxa média do cheque especial passou de 8,31% ao mês para 8,15%, variação de 1,93%. Nos empréstimos pessoais, recuou de 5,42% para 5,37% mensais, queda insignificante de 0,92%.

Os bancos com a maior taxa média anual para os juros do empréstimo pessoal foram o Itaú e o Real, com 5,95% ao mês. A menor taxa foi a da Nossa Caixa, com 4,25% mensais, o que significa uma variação de 40% entre a menor e a maior.

Bovespa tem recorde histórico de pontuação

O Itaú também foi o banco que cobrou a maior taxa média no cheque especial ao longo do ano, 8,50% mensais, enquanto a menor foi a da Caixa Econômica Federal, de 7,33% ¿ variação de 15,96% entre os extremos. Os bancos pesquisados foram: HSBC, Banespa, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Santander, Nossa Caixa, Banco Real e Unibanco.

Em mais um dia de otimismo e boas notícias no cenário externo, a Bolsa de Valores de São Paulo fechou em alta acentuada, atingindo um novo recorde histórico de pontuação, ao ultrapassar a marca dos 44 mil pontos. O Ibovespa subiu 2,12%, para 44.526 pontos, e o giro financeiro alcançou os R$2,218 bilhões. Nos EUA, o Dow Jones também registrou recorde, fechando acima dos 12.500 pontos pela primeira vez na história. No Brasil, o risco-país caiu 2,01%, atingindo 195 pontos. Já o dólar encerrou a R$2,1460, com leve alta de 0,09%. (Com Rui Pizarro, do Globo Online)