Título: Petrobras cancela licitação da P-57
Autor: Ordoñez. Ramona
Fonte: O Globo, 29/12/2006, Economia, p. 29

Preços das empresas para construir plataforma são elevados

A Petrobras suspendeu esta semana a licitação para a construção da plataforma P-57. Os elevados preços apresentados pelas empresas motivaram o cancelamento. O estaleiro Mauá-Jurong, de Niterói, ofereceu US$2,4 bilhões. Já o Consórcio Atlântico Sul (que reúne os grupos Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, as empresas Aker-Promar e Samsung), de Pernambuco, apresentou US$1,8 bilhão. Este consórcio foi o que venceu este ano a licitação da Transpetro para construir dez navios do tipo Suezmax no valor total de US$1,2 bilhão.

- Sabemos que os custos subiram bastante, como é o caso do aço, mas os valores apresentados estão altos demais. Não vamos construir a plataforma a qualquer preço - afirmou o diretor de Engenharia da Petrobras, Renato Duque.

Segundo fontes do setor, o custo economicamente viável para a construção da P-57 seria em torno de US$1 bilhão. O diretor, porém, não citou valores, mas informou que a Petrobras vai agora conversar com empresas e órgãos do setor. O objetivo é saber o está encarecendo os custos do projeto e o que pode ser feito para reduzir os preços.

A Petrobras realizará nova licitação tão logo sejam concluídas as análises em relação ao valor do projeto. O diretor da companhia disse que a idéia é que a nova licitação seja mais rápida do que a anterior, para evitar atrasos expressivos no cronograma de construção e na entrada em operação da plataforma.

A P-57 terá capacidade para produzir 180 mil barris diários de petróleo no campo de Jubarte, na Bacia de Campos. Pelo cronograma atual, a plataforma está prevista para entrar em operação em 2010. Outra licitação em andamento é a da P-55. (Ramona Ordoñez)