Título: Aldo: Adversários fizeram uma Operação Barbarossa
Autor: Éboli, Evandro
Fonte: O Globo, 12/01/2007, O País, p. 4

Presidente da Câmara diz que vai para a disputa no voto e reformula estratégia

BRASÍLIA. Surpreendidos com a declaração de apoio do PSDB à candidatura do petista Arlindo Chinaglia (SP), os aliados do presidente da Câmara e candidato à reeleição, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), sentiram o golpe. Mas ontem mesmo o grupo já começou a traçar uma estratégia para tentar reverter em plenário o impacto negativo da decisão dos tucanos. A idéia é dar prioridade aos contatos diretos com os deputados, independentemente da recomendação das cúpulas partidárias.

Depois de passar o dia trancado em seu gabinete, discutindo como minimizar o impacto da virada, Aldo reiterou a disposição de levar adiante sua candidatura, mesmo sabendo que a disputa será mais dura do que imaginava. Ele recorreu a uma imagem da Segunda Guerra Mundial para definir o apoio do PSDB à candidatura de Chinaglia, comparando a ação dos tucanos à Operação Barbarossa, na qual os alemães invadiram a União Soviética, em 22 de junho de 1941. Prometeu dar o troco em seu adversário no próximo dia 1º de fevereiro, assim como os russos diante dos alemães na Batalha de Stalingrado.

¿ Quem enfrenta uma batalha não pode alegar surpresa. Nossos adversários fizeram uma espécie de Operação Barbarossa. No dia 1º de fevereiro, nós temos confiança de que seremos vitoriosos ¿ disse. ¿ Voto se colhe na urna, não em cachos como banana ¿ completou.