Título: Cosntrutoras levam investimento à Baixada
Autor: Casemiro, Luciana
Fonte: O Globo, 18/01/2007, Economia, p. 31

Empresários diversificam empreendimentos para aproveitar a fartura de financiamento

De olho no déficit habitacional fluminense, que tem 92% de concentração na faixa de renda até cinco salários mínimos, e nos recursos abundantes para esse público -, que em 2006 absorveu 75% dos recursos disponíveis - as construtoras do Rio, tradicionalmente elitistas, resolveram rever seus planos estratégicos. Ampliaram o foco, que até então se restringia à Barra e à Zona Sul, para a Zona Norte e a Baixada Fluminense.

- Estamos estudando terrenos para famílias com rendas entre R$5 mil e R$6 mil, com capacidade de adquirir apartamentos na faixa de R$150 mil. E, se as condições se mantiverem na economia, em até um ano estaremos atendendo às famílias que ganham até R$2 mil - adianta Rogério Zylbersztajn, vice-presidente da RJZ/Cyrela, que lança empreendimento na Baixada ainda este semestre.

A CHL e o Pactual, que desde dezembro atuam em parceria, lançam, ainda neste semestre, um condomínio com lazer e segurança e mais 800 unidades, em Campo Grande.

- O mercado caminha para a classe média e classe média baixa, já que é para onde os créditos dos bancos estão indo. Todos nós estamos olhando para bairros e municípios como Campo Grande e Baixada - avalia Rogério Chor, presidente da CHL.