Título: Greve do funcionalismo paralisa serviço médico-legal em Alagoas
Autor: Vasconcelos, Adriana
Fonte: O Globo, 19/01/2007, O País, p. 5

PMs voltaram às ruas; policiais civis e professores continuam parados

MACEIÓ. No segundo dia da Greve geral dos servidores de Alagoas contra o decreto do governador Teotônio Vilela (PSDB), que cancelou os reajustes concedidos ao funcionalismo, em março do ano passado, os funcionários do Instituto Médico-Legal (IML) aderiram e deixaram de recolher os corpos das vítimas de crimes e dos hospitais. Já os oficiais da PM suspenderam o aquartelamento até segunda-feira, depois que Teotônio prometeu pagar o valor do reajuste, em duas parcelas, nos meses de fevereiro e março, e garantiu que em março tudo voltará ao normal.

À noite, os oficiais da PM disseram que só aceitam o parcelamento no soldo de janeiro, mas insistem em receber o salário de dezembro integral. Eles exigem receber, de uma só vez, valores de R$3 mil a R$6 mil, retirados dos seus soldos em dezembro. Por causa do impasse, 400 soldados do Exército continuam de prontidão no quartel do 59º Batalhão de Infantaria Motorizada.

Ontem, houve confusão em hospitais e prontos-socorros, que só atendiam a casos de urgência. Professores também mantiveram a paralisação. Mais de dois mil policiais civis continuam parados. De manhã, os servidores participaram de uma passeata liderada pela Central Única dos Trabalhadores.

O prédio da Secretaria Estadual da Fazenda foi ocupado. O governador disse que a suspensão dos reajustes "é a única maneira para evitar demissões".