Título: G-8 quer maior diálogo com Brasil
Autor: Berlinck, Deborah e Beck, Martha
Fonte: O Globo, 25/01/2007, Economia, p. 33

Alemanha assume presidência do grupo de olho nos emergentes

DAVOS, Suíça. A chanceler alemã, Angela Merkel, disse ontem, no Fórum Econômico Mundial, que promoverá este ano - quando a Alemanha assume a presidência rotativa do G-8 (grupo dos oito países mais industrializados do mundo) - uma aproximação maior entre o grupo e nações emergentes, como Brasil, Índia e China. Merkel afirmou ainda que o G-8 se empenhará no aprofundamento das parcerias entre Europa e Estados Unidos.

A chanceler disse ainda, para uma platéia de executivos e líderes políticos mundiais, que a próxima reunião do G8 em junho, na cidade alemã de Heiligendamm, vai lançar as bases desse diálogo. Além de Brasil, Índia e China, Merkel citou como parceiros do G-8 México e África do Sul. Ao pedir a retomada da Rodada de Doha, ela ressaltou a importância de discutir a liberalização dos serviços, além da agricultura.

Merkel participou da abertura do Fórum com um discurso em que rejeita o protecionismo como forma de responder aos desafios da globalização.

- A minha resposta clara e sucinta é não - disse Merkel, alegando que alguns países se vêem tentados a impor barreiras comerciais para proteger "suas próprias fraquezas".

Também em Davos, o presidente da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Mohamed al-Hamli, disse ontem não ver necessidade de fazer uma reunião de emergência para tentar conter a queda dos preços. A idéia chegou a ser defendida por alguns membros do cartel, devido ao recuo nas cotações este ano.