Título: Presidente da Petrobras: burocracia e regulação sao entraves ao pacote
Autor: Jungblut, Cristiane
Fonte: O Globo, 31/01/2007, Economia, p. 21

Dilma Rousseff rebate relatório da Fazenda que prevê risco de apagão

RIO e SÃO PAULO. O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse ontem que a burocracia e questões políticas e regulatórias são os principais entraves à execução do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ao destacar a participação importante dos projetos da Petrobras no pacote, Gabrielli afirmou que a capacidade de financiamento não é o principal problema para a execução dos projetos, mas sim questões de gestão.

-- O PAC é audacioso e enfrenta várias restrições. Mas não acredito que as financeiras sejam as principais. A gestão dos projetos e a necessidade de superar dificuldades e entraves da máquina pública e da regulação brasileira podem ser os desafios maiores a curto prazo - disse Gabrielli.

Ele citou ainda restrições ambientais e entraves políticos - que envolvem discussões no Congresso.

Já a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, rebateu o relatório do Ministério da Fazenda que prevê risco de apagão no país a partir de 2009:

- A posição dentro do Ministério de Minas e Energia é que isso não vai ocorrer. O Ministério da Fazenda fez estudos. Minas e Energia faz projetos e todo o controle do abastecimento de energia - disse ela.

Em São Paulo, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim, reafirmou que se o país crescer a uma taxa de 4,8% nos próximos quatro anos terá déficit na oferta de energia. Mas ele afastou risco de desabastecimento.

COLABORARAM Luiz Ernesto Magalhães e Ronaldo D'Ercole