Título: Nem autoridades escapam
Autor: Aggege, Soraya e Galhardo, Ricardo
Fonte: O Globo, 24/02/2007, O País, p. 3

A violência em São Paulo, como em outras grandes cidades do país, tem atingido autoridades e seus parentes. Em dezembro passado, bandidos assaltaram a chácara do ex-ministro Luiz Gushiken. Eles amordaçaram o petista, seu filho e sua mulher e os trancafiaram no banheiro, enquanto levavam dinheiro, cartões bancários, jóias, um computador portátil e dois celulares. Em novembro de 2005, foi a vez de o ex-ministro José Dirceu ter a casa de campo, em Vinhedo, a 79 quilômetros de São Paulo, assaltada. Ele não estava, e os bandidos roubaram uma TV de plasma.

Em junho de 2003, dois policiais do Exército que faziam a escolta de Sandro Luiz, um dos filhos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foram baleados por assaltantes em Santo André, no ABC paulista. O filho de Lula, que nada sofreu, estava na casa de sua namorada, enquanto os dois policiais que faziam a escolta permaneciam no carro, um Astra verde alugado pela Presidência da República.

Thomaz Alckmin, o filho mais novo do ex-governador Geraldo Alckmin, candidato à Presidência da República em 2006, também foi vítima de uma tentativa de assalto em outubro de 2002. Parados em frente ao apartamento da namorada do rapaz, dois policiais militares que faziam a segurança dele foram baleados. Um deles morreu.

Um mês antes, o então presidente do PT, José Genoino, escapou de um seqüestro-relâmpago em frente à sua casa. O motorista e uma assessora de Genoino estavam em seu carro, um Fiat Marea blindado, e o esperavam em frente à casa de Genoino, no Butantã, quando foram rendidos. Eles ficaram uma hora e meia sob a mira de revólveres.

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, já teve o carro blindado levado por assaltantes no Brooklin, na Zona Sul de São Paulo.

O ex-presidente Fernando Henrique teve um Gol furtado na Zona Norte de São Paulo em novembro de 1999. O carro estava com um motorista do ex-presidente.