Título: No PMDB, José Temporão é nome certo para Saúde
Autor: Jungblut, Cristiane
Fonte: O Globo, 05/03/2007, O País, p. 3

Indicação de Geddel também é creditada ao apoio dado a Wagner

BRASÍLIA. Para contemplar o PMDB na reforma ministerial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já decidiu chamar o sanitarista José Gomes Temporão para o Ministério da Saúde. O próprio Lula confirmou a escolha ao governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. A situação do segundo ministério do PMDB será decidida na conversa com o governador petista Jaques Wagner. Isso porque a indicação do deputado Geddel Vieira Lima entra tanto na cota do PMDB - agradando à bancada do partido na Câmara - como pode ser considerada também uma retribuição por sua lealdade ao governador petista na campanha na Bahia, contra o grupo do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL).

- É muito difícil que não seja o Geddel - disse um integrante do Planalto.

O presidente pretendia esperar pela escolha do novo presidente do PMDB, na convenção do próximo domingo, para indicar os representantes do partido no Ministério. Mas, diante da possibilidade de derrota de seu candidato preferido, o ex-ministro do STF Nelson Jobim, deve antecipar sua escolha.

Ida de Tarso Genro para o Ministério da Justiça é certa

A nomeação de outro indicado de Jaques Wagner, o deputado baiano Walter Pinheiro (PT), dependerá da conversa de hoje. No Palácio do Planalto, há resistência à sua ida para o Ministério do Desenvolvimento Agrário, no lugar de Guilherme Cassel. É que Walter Pinheiro sempre foi da ala crítica do PT. Está certo que o ministro Tarso Genro deixará a pasta de Relações Institucionais e irá para o Ministério da Justiça.

Além da reforma ministerial, hoje o presidente Lula também fará uma reunião com ministros da coordenação e da área econômica para fechar as propostas que serão apresentadas na reunião de amanhã com os 27 governadores. No encontro, Lula apresentará aos governadores uma proposta de reforma tributária, pedirá novamente apoio ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e ainda discutirá a questão da segurança pública. Os governadores querem impedir que os recursos federais destinados à segurança possam ser contingenciados pelo governo. A área econômica é contra.