Título: Bolsa sobe 1,54% e risco-país cai 3%
Autor: Alvarez, Regina
Fonte: O Globo, 10/03/2007, Economia, p. 32

O turbilhão nas bolsas asiáticas, que sacudiu o mercado acionário mundial na semana passada, parece que passou, mas os investidores ainda estão cautelosos em relação à economia americana. Dados sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos influenciaram positivamente ontem o pregão, e a Bolsa de Valores de São Paulo fechou em alta de 1,54%, aos 44.133 pontos.

No entanto, o resultado positivo não foi suficiente para recuperar as perdas e, no ano, o Ibovespa acumula queda de 0,8%. Acompanhando o desempenho da Bolsa, o risco-país - um dos principais termômetros da confiança dos investidores na economia - recuou 3,06%, para 190 pontos centesimais. O dólar também caiu 0,33% e voltou ao nível registrado antes da turbulência nos mercados, cotado a R$2,099.

Apesar do relatório sobre o mercado de trabalho dos EUA ter correspondido às expectativas, as bolsas americanas tiveram fraco desempenho, devido a preocupações com os empréstimos de segunda linha no mercado imobiliário (subprime). O Dow Jones subiu apenas 0,13% e o Nasdaq teve ligeira baixa de 0,01%. Na Bolsa de Nova York, o preço do petróleo fechou com uma queda de 2,6%, próximo dos US$60.

Na avaliação de Marco Melo, chefe de Pesquisa e Estratégia da corretora Ágora, os indicadores americanos tranqüilizaram o mercado:

- A volatilidade já reduziu e o cenário externo está muito mais calmo.

Segundo Melo, o resultado da inflação pelo IPCA também agradou ao mercado porque apontou uma "Selic saudável". Para ele está mantida a previsão de a taxa básica de juros encerrar o ano em 11,50%.