Título: STF prorroga prisão dos 25 suspeitos
Autor: Carvalho, Jaílton de
Fonte: O Globo, 18/04/2007, Rio, p. 18

Polícia de São Paulo apreende 1.157 caça-níqueis em bares e lotéricas.

BRASÍLIA. O ministro Cezar Peluso, relator no Supremo Tribunal Federal (STF), estendeu ontem por mais cinco dias a prisão temporária dos 25 suspeitos presos na sexta-feira pela Polícia Federal, na Operação Hurricane. A prisão temporária tem cinco dias de duração e venceria no último minuto de ontem. Com a renovação, os investigados continuarão detidos na carceragem da Superintendência da PF em Brasília até a meia-noite do próximo domingo.

O pedido de extensão das prisões foi feito ontem pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, e pela Polícia Federal. A justificativa para manter os investigados presos é a garantia de que eles ficarão impedidos de interferir na coleta de provas, procedimento essencial para instruir esta fase do inquérito.

Depois de se reunir com representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, o ministro da Justiça, Tarso Genro, defendeu a atuação da PF. Tarso ouviu da OAB a reclamação de que a PF estaria abusando nas ações, uma vez que, segundo os advogados dos presos, não permitiria que os profissionais pudessem ter acesso livremente aos seus clientes, obrigando-os a falar com eles por meio de interfones. Apesar dos queixumes, o ministro disse que a PF não vai mudar seus procedimentos.

Em São Paulo, o Departamento de Polícia Judiciária da Capital apreendeu ontem 1.157 máquinas caça-níqueis em bares, padarias e casas lotéricas, entre outros estabelecimentos, em toda a cidade. Segundo a polícia, as empresas responderão por crimes como contrabando, sonegação fiscal, estelionato e formação de quadrilha.