Título: Deputada nega ter sido ajudada por bicheiro
Autor: Rocha, Carla e Bottari, Elenilce
Fonte: O Globo, 20/04/2007, Rio, p. 12

A deputada federal e inspetora de polícia licenciada Marina Maggessi negou que tenha recebido dinheiro do bicheiro Ailton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães, para ajudar em sua campanha. Ela disse que iria receber ajuda pessoal do policial Marcos Bretas, com quem trabalhou em 1993, para comprar camisetas.

Segundo a deputada, ela está sendo vítima de grupos dentro da Polícia Federal, que querem manipular a imprensa:

- É coisa feita por ratos que vazam relatórios, sujando o nome da PF. Não vejo a PF me acusando. Vejo a PF sendo traída dentro do seu próprio quadro.

Maggessi disse que sua campanha foi feita com doações de poucas empresas e amigos e que tudo está em sua página na internet

- Meu comitê era uma salinha próximo à PUC cedida em comodato pelo delegado Maurício, da delegacia do Leblon. Se o dinheiro do bicho tivesse entrado na minha campanha, eu teria mais de cem mil votos, e não os 55 mil que tive.

Maggessi disse que já trabalhou com grampos e escutas telefônicas e conhece quando há manipulação e vazamento de trechos de uma conversa sem o contexto da gravação. Ela confirmou que conversou com o inspetor Hélio Machado da Conceição, o Helinho, preso por ligação com máfia dos caça-níqueis, e até ofereceu sua casa para que ele dormisse uma noite e se entregasse à polícia no dia seguinte:

- Falei com Hélio, que é meu amigo, quando saiu o mandado de prisão dele e disse para ele dormir na minha casa e se entregar no dia seguinte. Ele foi o único que se entregou ao chefe de Polícia Civil.

Maggessi disse que a perseguição que estaria sofrendo está partindo de inimigos que fez ao longo de sua vida:

- Tenho os melhores investigadores do Rio e isso não vai parar aqui. Tenho amigos e sei que a Polícia Civil que trabalha e que presta está do meu lado.